Idosos são o grupo mais vulnerável a infecções causadas pelo vírus da gripe

Com a chegada do inverno, recentes dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontam para um aumento rápido de casos de doenças respiratórias no país, notadamente da influenza A, que já se tornou a principal causa de óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em idosos. Os vírus Sincicial Respiratório (VSR) e Influenza, ambos altamente transmissíveis, estão […]

03/06/2025 9:55

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Idosos são o grupo mais vulnerável a infecções causadas pelo vírus da gripe

Com a chegada do inverno, recentes dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontam para um aumento rápido de casos de doenças respiratórias no país, notadamente da influenza A, que já se tornou a principal causa de óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em idosos.

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Ademais de maio, o Brasil contabilizou 24.571 internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Destes, 50% foram relacionados ao VSR nas quatro semanas precedentes, e 11% dos óbitos, conforme o Boletim Epidemiológico InfoGripe da Fiocruz.

Com o envelhecimento, o sistema imunológico se torna menos eficiente no combate a infecções. Essa redução da capacidade de defesa torna os idosos mais vulneráveis a quadros graves de doenças respiratórias, como as causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório, que, historicamente, afeta predominantemente bebês e crianças.

Muitos idosos apresentam doenças crônicas, tais como cardiopatias, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), asma, diabetes ou insuficiência renal. Essas condições preexistentes elevam o risco de complicações graves em caso de infecção por vírus respiratórios, podendo resultar em descompensações cardíacas e internações prolongadas.

O infectologista observou que os sintomas da síndrome VSAR em idosos, frequentemente confundidos com um resfriado comum, podem progredir rapidamente para casos graves, e, em situações extremas, podem resultar em óbito.

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Uma pesquisa da Fiocruz aponta que a taxa de mortalidade decorrente do VSR em idosos no Brasil atingiu 26% entre 2013 e 2023, 20 vezes superior à observada em crianças. Em idosos com insuficiência cardíaca, o risco de internação pelo vírus pode ser 33 vezes maior do que em idosos sem essa condição.

Após a internação hospitalar, um terço dos idosos que sofreram com vírus respiratórios, como VSR ou influenza, relatam perda de capacidade para realizar tarefas cotidianas, com o impacto dessas infecções na qualidade de vida e na autonomia.

Com a chegada dos meses mais frios, a vacinação se destaca como uma das estratégias mais eficazes para proteger a população idosa. “Além da imunização, medidas preventivas que já aprendemos durante a pandemia são fundamentais: lavar as mãos frequentemente, usar máscara caso apresente sintomas gripais, manter os ambientes arejados, evitar aglomerações e o contato com pessoas doentes”, complementa Alberto Chebabo.

Fonte por: Tribuna do Norte

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.