Haddad critica pressão dos bancos e defende queda da Selic em 2025

Haddad critica pressão dos bancos e defende queda da Selic para 15% em 2025. Ministro cita juros reais e inflação como base para decisão do Copom.

04/11/2025 12:31

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(Imagem de reprodução da internet).

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na terça-feira, 4 de novembro de 2025, que os bancos exercem pressão sobre o Banco Central para que não reduza a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 15% ao ano. Haddad declarou que, caso fosse diretor da autoridade monetária, votaria pela redução da taxa na quarta-feira, 5 de novembro.

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Comitê de Política Monetária (Copom)

O Copom realizará uma reunião para definir o próximo patamar da Selic. A expectativa predominante é de manutenção dos juros, no entanto, Haddad argumentou que existem fundamentos suficientes para iniciar um ciclo de cortes.

Juros Reais e Inflação

O ministro destacou a necessidade de “razoabilidade”, ressaltando que uma taxa de juros excessivamente alta pode se tornar prejudicial. Dados indicam que os juros reais no Brasil, considerando a inflação, estão em 9,51%.

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Posição Econômica do Brasil

Haddad defendeu que o Brasil está em uma situação melhor do que o que os analistas preveem, e em uma posição mais vantajosa em comparação com outras nações da América do Sul. Ele citou indicadores positivos, como a taxa de câmbio (dólar abaixo de R$ 5,40) e a inflação, que, segundo ele, deve permanecer dentro da meta estabelecida.

Projeções de Inflação

O Boletim Focus de segunda-feira (4 de novembro) apontou que a projeção dos economistas para a taxa do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) é de 4,5%, 0,05 ponto percentual acima do teto da meta, que é de 3%, mas com tolerância de até 4,5%.

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Haddad expressou otimismo, afirmando que a inflação estará dentro da meta ainda em 2025.

Expectativas e Resistência

Haddad mencionou a “teimosia” de agentes financeiros em relação às projeções econômicas, especialmente em relação à inflação. O Banco Central utiliza o Boletim Focus, relatório semanal com estimativas de diversos indicadores macroeconômicos, como principal base para suas decisões.

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.