Haddad afirma que a inflação estará “tranquilamente” dentro da meta em 2026
O ministro da Fazenda declara que a taxa pode ficar abaixo de 5% em 2025, caso não ocorram “nenhum choque”.

Fernando Haddad declarou nesta terça-feira (8.jul.2025) otimismo quanto à inflação estar dentro do limite da meta em 2026. O ministro da Fazenda também acredita em uma desaceleração em 2025, com a taxa inferior a 5% ao final do ano.
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O Banco Central precisa observar a velocidade da queda da inflação. Há também questões externas que impactam a decisão do BC, não são só questões domésticas, mas eu acredito que a inflação neste ano vai estar mais para perto de 5%, talvez até um pouco abaixo. Vamos ver se não tem nenhum choque. E no ano que vem eu acredito tranquilamente que vai estar dentro da banda.
A meta de inflação é 3%, contudo, existe uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Isso implica que a taxa pode variar entre 1,5% e 4,5% ao ano. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) mensura a inflação oficial do Brasil. A taxa anualizada apresentou desaceleração de 5,53% em abril para 5,32% em maio, ainda assim, permanece acima do teto da meta (4,5% ao ano).
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Lar
Em tom crítico, Haddad comentou sobre os impactos do dólar e das previsões de agentes financeiros no patamar da moeda norte-americana. “O dólar impacta a inflação, como você sabe. Eu dizia que o dólar não ia ficar naquele patamar. Era dos poucos que afirmava publicamente. Não tem fundamento, não tem o que ancore o dólar nesse patamar. Não é de R$ 7, nem de R$ 6. Eu dizia ‘não, não tem por que ficar nesse patamar’.” E agora ele está em menos de R$ 5,50.
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Às 14h57, o dólar comercial atingia R$ 5,45. “Os que pontificaram que o Brasil ia acabar não são chamados de responsabilidade. Ninguém, todo mundo desaparece duas ou 3 semanas e depois volta dando aula de novo”, acrescentou.
Imposto sobre a renda.
Haddad também espera que o projeto que isenta de Imposto de Renda quem recebe até R$ 5.000 mensais seja “aprovado com ampla margem de apoio”. O relator da proposta na Câmara é o deputado Arthur Lira (PP-AL).
Não tenho conhecimento de como a extrema direita se comportará, pois a extrema direita votou contra a reforma tributária, que foi a questão mais relevante a ser aprovada desde o Plano Real no Brasil. E o [ex-presidente Jair] Bolsonaro fez paralisação no Senado para tentar impedir a reforma tributária, que isenta a cesta básica e investimentos, afirmou.
O governo estima uma redução de R$ 30,84 bilhões na arrecadação devido às medidas que ampliam a base de isenção. A previsão é amenizada por um imposto mínimo para quem recebe acima de R$ 50.000 por mês e pela alíquota de 10% sobre o IR incidente na remessa de dividendos para o exterior.
O ministro da Fazenda reiterou sua defesa de uma redistribuição da carga tributária, utilizando a expressão “turma do andar da cobertura”.
Chegou o momento. O ajuste fiscal necessário, que eu defendo há dois anos e meio, não pode recair só sobre os pobres. Tem que ser um esforço coletivo, mas que a carga seja distribuída na medida das possibilidades de cada um. E essa turma do andar da cobertura não está contribuindo com ajuste fiscal.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Pedro Santana
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.