O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou no sábado (07) o envio de 2 mil efetivos da Guarda Nacional a Los Angeles para conter os protestos contra as ações de agentes federais de imigração. Os confrontos com as autoridades continuaram na noite de sábado no bairro de Paramount, que reúne quase 50 mil moradores, em sua grande parte latinos, na segunda cidade mais populosa dos Estados Unidos. Trump assinou um memorando para “autorizar o envio de 2 mil membros da Guarda Nacional para responder à ilegalidade que ocorreu”.

A Guarda Nacional, uma força de reserva militar, é mobilizada em situações de emergência, incluindo desastres naturais, embora seu envio seja incomum em casos de protestos. Em 2020, foi acionada após os distúrbios causados pela morte de George Floyd durante uma ação policial. O Secretário de Defesa, Pete Hegseth, ameaçou mobilizar o Exército, que possui uma base próxima ao local dos protestos. Adicionalmente, os “fuzileiros navais de Camp Pendleton” também estão em alerta para serem mobilizados, caso necessário.

No sábado, agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) se reuniram em uma área próxima a um depósito da empresa Home Depot, utilizada com frequência por pessoas que oferecem serviços como trabalhadores diaristas. Não foi determinado se os agentes estavam se preparando para uma operação ou se estavam no local por outro motivo. Manifestantes lançaram objetos contra os agentes, que responderam com gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral, segundo a imprensa local e relatos publicados nas redes sociais. As autoridades também fecharam parte de uma rodovia.

Tolerância zero

A administração Trump possui uma política de tolerância zero em relação a atos criminosos e violência, especialmente quando a violência é direcionada contra agentes das forças de segurança que buscam cumprir seus deveres, declarou Leavitt. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, se opôs às medidas, afirmando que são “propositalmente inflamatórias e apenas aumentarão as tensões”. “Estamos em estreita coordenação com a cidade e o condado”, acrescentou.

Na sexta-feira, agentes de imigração conduziram operações em diversas áreas da cidade, provocando os primeiros confrontos, que se estenderam por várias horas. A prefeita de Los Angeles, Karen Bass, declarou que alguns moradores sentiam “medo” após as ações das autoridades de imigração. “Todos têm direito ao protesto pacífico, mas deixe-me esclarecer: a violência e a destruição são inaceitáveis”, escreveu no X.

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Detenções

O governador da Califórnia, Gavin Newscum, e a prefeita de Los Angeles, Karen Bass, não conseguem fazer seu trabalho, o que todos sabem que não conseguem, então o Governo Federal intervirá e resolverá o problema, DISTÚRBIOS E SAQUES, da forma como deve ser resolvido!!!, escreveu Trump em sua plataforma Truth Social, referindo-se a Newsom com um nome pejorativo. O vice-diretor do FBI, Dan Bongino, afirmou que várias detenções foram efetuadas desde o início dos confrontos na sexta-feira.

No sábado, manifestantes demonstraram com bandeiras mexicanas e slogans direcionados às autoridades migratórias, além de terem queimado uma bandeira americana, conforme reportado pelo Los Angeles Times. As ações contra imigrantes sem documentos fazem parte das políticas implementadas por Trump desde o início de seu mandato em janeiro.

O republicano foi eleito para um segundo mandato em grande parte devido à sua promessa de restringir a entrada e a permanência de migrantes sem documentos nos Estados Unidos, que ele descreveu como “monstros” e “animais”. “Estamos tornando Los Angeles mais segura. A prefeita Bass deveria nos agradecer”, escreveu Tom Homan, o chefe de segurança de fronteiras do governo Trump, no X.

Com informações da AFP

Fonte por: Jovem Pan