Grupo Boticário e Grupo Fleury, proprietários da Fast Shop, assinaram um acordo de R$ 100 milhões com o MP de SP

A implementação de um programa de conformidade está prevista na empresa.

15/09/2025 20:12

1 min de leitura

Grupo Boticário e Grupo Fleury, proprietários da Fast Shop, assinaram um acordo de R$ 100 milhões com o MP de SP
(Imagem de reprodução da internet).

Os proprietários da Fast Shop e um executivo da empresa firmaram um acordo de não punibilidade com o MP-SP.

Essa modalidade de acordo representa uma opção em vez do processo criminal: quando o investigado reconhece a autoria do delito, concorda com as condições estabelecidas pelo Ministério Público e, em troca, evita ser julgado e sentenciado à pena de prisão.

Homologado nesta segunda-feira (15), o acordo prevê o pagamento de R$ 100 milhões e a implementação de um programa de compliance na empresa.

Leia também:

O Grupo Especial de Delitos Econômicos relata que os executivos admitiram envolvimento em crimes e concordaram em aplicar sanções alternativas, em vez de encarceramento – neste caso, o pagamento de somas elevadas.

Os pagamentos serão realizados nos seguintes termos:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

  • O sócio Milton Kazuyuki Kakumoto deverá pagar R$ 55 milhões.
  • O sócio Júlio Atsushi Kakumoto responderá por 30 milhões de reais.
  • O diretor estatutário Mário Otávio Gomes terá que pagar R$ 15 milhões.

O denominado acordo de não persecução penal (ANPP) não se confunde com a colaboração premiada, visto que não envolve a delação de outros indivíduos, limitando-se à confissão de culpa com o objetivo de evitar o processo criminal.

Desvio ilícito de grandes somas de dinheiro.

As investigações apontam que os executivos envolvidos em um esquema de compensações indevidas de ICMS, resultando em benefícios fiscais estimados em R$ 1,5 bilhão.

O Ministério Público destacou que o acordo não afeta a questão tributária. Dívidas e eventuais restituições indevidas permanecem sendo cobradas pela Secretaria da Fazenda, que realiza auditorias para determinar o valor final a ser pago.

A investigação continua, e outros suspeitos, incluindo fiscais e intermediários, ainda podem ser denunciados. Em relação a outras empresas envolvidas, como a Ultrafarma, não foram identificadas até o momento práticas de acordo de ajuste.

Fonte por: CNN Brasil

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.