O Governo Federal lança o programa CNH do Brasil, que promete desburocratizar a obtenção da habilitação e facilitar o acesso de milhões de brasileiros.
O governo federal apresentou o programa CNH do Brasil, que visa simplificar a obtenção da habilitação. As novas diretrizes têm como foco a desburocratização e a redução de custos do documento. Uma das principais mudanças é a eliminação da obrigatoriedade de frequentar uma autoescola.
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Com a oficialização do benefício, milhões de brasileiros poderão acessar mais facilmente a habilitação. A nova plataforma promete tornar o processo mais ágil e acessível. Segundo a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), cerca de 20 milhões de pessoas dirigem sem habilitação no país.
As mudanças foram autorizadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em outubro. Uma consulta pública sobre a proposta atraiu grande participação, com mais de 5 mil contribuições em apenas 24 horas na plataforma Participa + Brasil, conforme informações do Planalto.
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Entretanto, a CNH do Brasil gerou preocupações no setor das autoescolas. A Federação Nacional das Autoescolas e Centros de Formação de Condutores (Feneauto) expressou descontentamento, apontando possíveis demissões no setor. As novas regras foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) e entrarão em vigor imediatamente.
O processo de abertura para condutores e instrutores já está disponível. A obtenção da habilitação será integrada ao Gov.br e poderá ser realizada pelo novo aplicativo CNH do Brasil. O curso teórico será oferecido online e gratuitamente pelo governo federal.
As aulas práticas terão uma carga horária mínima de 2 horas. As autoescolas continuarão a oferecer cursos presenciais, mas os candidatos poderão optar por instrutores autônomos credenciados pelos Detrans ou por preparações personalizadas.
Os instrutores autônomos deverão ser autorizados pelos Detrans e seguir critérios padronizados. Para atuar, é necessário ter pelo menos 21 anos, estar habilitado na categoria correspondente há pelo menos dois anos, ter concluído o ensino médio e não ter cometido infrações gravíssimas nos últimos 12 meses.
O Ministério dos Transportes também disponibiliza formação gratuita para instrutores. A presença física será exigida apenas em etapas obrigatórias, como coleta biométrica e exame médico.
Os candidatos poderão organizar sua formação e usar seus próprios veículos nas aulas práticas, desde que acompanhados por um instrutor autorizado e que o veículo atenda às normas de segurança do Código Brasileiro de Trânsito (CBT).
Se o candidato for reprovado na primeira prova, terá direito a um reteste sem custo adicional. Outra mudança importante é a eliminação do prazo para concluir o processo, permitindo que cada candidato avance no seu próprio ritmo.
Autor(a):
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.