A próxima etapa do Plano Mais Produção consiste na diminuição das taxas de juros aplicadas em suas linhas, declarou o Secretário de Desenvolvimento Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Wallace Moreira, à CNN.

Durante o período, uma das principais metas do Ministério foi direcionar um volume significativo de recursos para apoiar a indústria. Com a participação de sete instituições financeiras, o plano destinará R$ 617 bilhões ao setor ao longo dos quatro anos do governo Lula.

Ao comparar os planos da indústria e aquele focado na agropecuária, ainda existe uma lacuna no que tange ao custo do crédito, contudo. A maior parte do recurso do Plano Mais Produção é emprestada a TLP (inflação medida pelo IPCA + 7,61% ao ano), cujo juro é considerado elevado.

Leia também:

O governo pode levar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) ao Supremo Tribunal Federal (STF), o que representa uma ameaça ao crédito para mais de 3 milhões de empresas

Carteira de ações: confira as ações mais recomendadas para julho

B3 divulga plataforma para otimizar a emissão de ativos financeiros

Essa é a principal questão do plano. Dos R$ 472 bilhões já emprestados até agora, temos R$ 80 bilhões a taxa de referência, mais cerca de R$ 20 bilhões do Fundo Clima. O restante é TLP […], então o grande desafio agora é buscar um processo de redução dessa taxa de juros, disse.

O secretário aponta que é necessário encontrar mecanismos como a Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD) para superar a taxa de juros do país. Contudo, na sua visão, estas soluções precisam estar associadas à redução da Selic para que o plano e o setor possam se desenvolver.

Em maio, o Banco Central elevou a taxa básica de juros do país para 14,75% ao ano, o maior nível em quase duas décadas.

Fonte por: CNN Brasil