Gilmar Mendes e Poderes em Confronto: STF, Senado e Críticas à Decisão em 2025

Gilmar Mendes critica polarização política após decisão que afeta impeachment de ministros do STF. Câmara e Senado expressam preocupação com a medida.

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

O presidente da Câmara dos Deputados, Republicanos-PB, declarou nesta quinta-feira, 4 de dezembro de 2025, que a decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF, é resultado de uma “polarização política” e que “não há vencedores com cabo de guerra” entre o STF e o Senado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A fala foi feita durante um evento do portal Jota em Brasília.

Motta ressaltou que “interferências, sejam quais forem, de um poder no outro é sempre muito prejudicial”. O presidente da Câmara também confirmou ter se encontrado com o presidente do Senado, União Brasil-AP, na quarta-feira anterior e telefonado para o ministro após a repercussão da medida.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A Câmara dos Deputados e o Senado expressaram preocupação com a decisão de Gilmar Mendes de limitar os pedidos de impeachment de ministros ao Procurador-Geral da República. A Casa também enfatizou a importância do diálogo entre as instituições para encontrar soluções para o país, ressaltando que conflitos não levam a resultados.

Gilmar Mendes decidiu que apenas o procurador-geral da República pode fazer pedidos de impeachment de integrantes do STF ao Senado. O ministro também aumentou o quórum para abertura de processos por crime de responsabilidade contra os ministros, exigindo ⅔ dos votos dos senadores.

LEIA TAMBÉM!

A decisão foi tomada em um momento de investidas da oposição ligada a Jair Bolsonaro (PL) contra os integrantes do STF, especialmente Alexandre de Moraes, que relatou o processo de tentativa de golpe de Estado. Os pedidos de impeachment contra os ministros da Corte aumentaram significativamente.

A decisão de Gilmar Mendes, monocrática e passível de avaliação do plenário do STF, foi tomada em dois processos. Um foi movido pelo partido Solidariedade e outro pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), ambos levantando questões sobre a Lei de Impeachment de 1950.

O ministro considerou que parte dessa legislação não foi contemplada pela Constituição de 1988.

A Câmara e o Senado veem com preocupação a medida, que dificulta os planos da oposição bolsonarista. O aumento do quórum mínimo para a abertura dos processos por crime de responsabilidade também visa proteger a imparcialidade e a independência do Judiciário.

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.

Sair da versão mobile