Funcionários da Abin solicitam desligamento de diretor-geral investigado pela Polícia Federal

Luiz Fernando Corrêa é apontado em relatório da Polícia Federal como suspeito de dificultar investigações.

17/06/2025 13:23

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Funcionários da Abin solicitam desligamento de diretor-geral investigado pela Polícia Federal
(Imagem de reprodução da internet).

A Intelis, que representa servidores da Agência Brasileira de Inteligência ( Abin ), divulgou uma nota nesta terça-feira (17) solicitando a saída da atual liderança do órgão, encabeçada pelo diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, que foi indiciado pela Polícia Federal (PF) no inquérito denominado “Abin paralela”.

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É inaceitável que indivíduos sobre os quais pesam acusações graves de obstrução da justiça continuem ocupando cargos de comando na Abin. O próprio diretor-geral afastou de cargos servidores orgânicos que eram apenas citados nas investigações. Pela mesma lógica, não pode ele próprio se manter no cargo máximo da agência, com poderes para seguir incorrendo nos alegados crimes.

Os servidores manifestam, mais uma vez, que advertiram a sociedade e o governo sobre a gestão dos delegados da Polícia Federal à frente da Abin, e não servidores de carreira de inteligência. E exigem, novamente, da Casa Civil, onde a Abin está sob o guarda-chuva, a saída da cúpula atual.

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Em curso as investigações, Alessandro Moretti, ex-diretor-adjunto do Órgão, renunciou ao cargo.

É absurdo sequer considerar a permanência da atual direção e a continuidade do processo de deterioração e desmantelamento da Inteligência de Estado, a mais maltratada e desvalorizada entre os grandes países do mundo. É ainda pior que membros de outro órgão do poder executivo queiram opinar na mídia sobre os rumos de uma atividade que desconhecem e que não deveriam possuir ingerência.

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A CNN contatou a Abin sobre os indiciamentos. O órgão informou que não se manifestará neste momento. A Casa Civil também foi procurada, mas não se pronunciou.

Entenda.

A Polícia Federal (PF) concluiu e encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o relatório do inquérito que investiga o emprego irregular de instrumentos de vigilância na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), no caso popularmente denominado “Abin Paralela”.

Os investigados incluem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin; e o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), além do atual diretor-geral da Abin.

Mais de 30 indivíduos foram indiciados sob suspeita de ter utilizado ilegalmente a estrutura da Abin para realizar o monitoramento irregular de autoridades públicas e membros do STF.

A investigação indica que ministros do STF, deputados e jornalistas tiveram seus locais de localização monitorados por essa “Abin paralela”, organizada fora dos procedimentos legais da agência.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.