Executivo federal destina R$ 55 milhões em emendas; total alcança R$ 465 milhões
O pagamento das emendas ocorrerá na quarta-feira (25.jun.2025), data em que o Congresso Nacional rejeitou o aumento do Imposto sobre Operações Financeir…

A atualização desta quinta-feira (26.jun.2025) do Siop (Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento) revela que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) repassou R$ 465 milhões em emendas aos parlamentares. O valor aumentou R$ 55,4 milhões em relação aos R$ 409,6 milhões pagos até quarta-feira (25.jun).
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Entre 21 e 23 de junho, houve um aumento significativo nos repasses: o valor subiu de R$ 5,3 milhões para R$ 408,3 milhões – um acréscimo de 77 vezes em apenas 3 dias. Desde o início da movimentação, em 12 de junho, os pagamentos passaram de R$ 900 mil para os atuais R$ 465 milhões.
O montante quitado também subiu consideravelmente. Em duas semanas, saltou de R$ 93,1 milhões para R$ 2 bilhões. Representa um crescimento de R$ 1,9 bilhão nesse período.
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Apesar do progresso, o valor efetivamente pago até o momento – por meio de emendas parlamentares – corresponde a apenas 0,93% dos R$ 50 bilhões previstos para serem liberados ao longo do ano.
Os dados, atualizados em 26 de junho, referem-se à movimentação até o dia anterior.
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O processo de empenho se distingue do pagamento.
O empenho é a primeira etapa da execução da despesa pública. É quando o governo formaliza que destinará uma parte do dinheiro disponível no Orçamento para o projeto proposto por algum deputado ou senador.
Após o esforço, o montante é, de fato, consignado. Opera como uma garantia da autoridade de que o pagamento será realizado. Com isso, o serviço indicado por uma emenda pode ser contratado ―na expectativa de que o pagamento irá de fato ocorrer em algum momento.
Após o esforço, segue-se a fase da liquidação, em que o governo reconhece a conclusão do serviço prestado, e, por fim, o pagamento efetivo, com a disponibilização dos recursos na conta do executor.
O governo Lula se depara com um desafio político após a Câmara dos Deputados derrubar, em votação rápida na quarta-feira (25.jun), o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) proposto pela equipe econômica.
A votação foi conduzida sem prévio aviso ao governo pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o que surpreendeu aliados.
A Poder360 antecipou a movimentação do empenho das emendas. A estratégia, sem sucesso, buscava assegurar apoio ao decreto de Fernando Haddad (Fazenda).
Espera-se que, na segunda metade do ano, haja um ritmo mais acelerado para o pagamento das emendas. Essa fisiologia (entenda o que significa clicando aqui) pode auxiliar Lula a progredir com algumas questões, amenizando o descontentamento dos parlamentares.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Bianca Lemos
Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.