Atriz e youtuber insulta deputada com termo racista em vídeo publicado na sexta-feira (18.jul).
A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) protocolou uma ação na Justiça de São Paulo contra a atriz e influenciadora Antonia Fontenelle.
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A congressista solicita uma indenização de R$ 50.000 por danos morais em decorrência de declarações divulgadas por Fontenelle na sexta-feira (18.jul).
Fontenelle, em um vídeo removido de seu canal no YouTube, declara que Erika é “preta, do cabelo duro, como todos os pretos são” e que pessoas negras devem “parar de querer ser brancas e loiras”.
A atriz afirma que, diante do confronto da deputada, irá “puxar a peruca e ficar careca”, em referência ao uso de laces, como Erika utiliza.
O vídeo foi publicado por usuários nas redes sociais na sexta-feira (18 de julho).
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Os ataques de Fontenelle, ligados ao bolsonarismo, contra Hilton devem ser considerados crime e punidos. É necessário que ela e outros responsáveis por crimes de ódio no Brasil sejam responsabilizados. Minha solidariedade está com Hilton.
Monica das Pretas (@MonicaSeixas) 19 de julho de 2025
Fontenelle afirmou que parlamentares do PT e do Psol votaram contra o PL 1.112/2023, proposto pelo deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL). A proposta determina que, em casos de crimes hediondos, o condenado deve cumprir 80% da pena em regime fechado antes de solicitar progressão para o semiaberto.
“Entre os votos contrários está o de Erika Hilton. Esperando o quê de você, né? Que tinha um nariz desse tamanho [faz sinal com o dedo] e um cabelo de preta, que é o que você é, preta, e um discurso mentiroso”, disse a atriz.
Os advogados de Erika argumentam que as afirmações de Fontenelle “ofendem a honra, a dignidade e a imagem da deputada, e configuram injúria racial e transfobia”. A defesa também afirma que a atriz é reincidente em condutas ofensivas e responde a outras ações judiciais por calúnia, injúria e difamação.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.