“Enquanto eu falo, o senhor fica quieto”, afirma Moraes ao advogado do réu no caso sobre suposto golpe

O ministro do STF demonstra irritação em audiência com a defesa de Filipe Martins, respondendo a críticas à denúncia da PGR.

14/07/2025 15:45

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DF - BRASÍLIA, DEPOIMENTOS DOS RÉUS DO NÚCLEO PRINCIPAL DO INQUÉRITO QUE INVESTIGA UMA TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO. - POLÍTICA - DF - BRASÍLIA - 10/06/2025 - BRASÍLIA, DEPOIMENTOS DOS RÉUS DO NÚCLEO PRINCIPAL DO INQUÉRITO QUE INVESTIGA UMA TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO. -  O juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes realiza um julgamento para os acusados em um suposto plano de golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no cargo após sua derrota nas eleições de 2022 em Brasília, Brasil, terça-feira, 10 de junho de 2025. 10/06/2025 - Foto: MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO
DF - BRASÍLIA, DEPOIMENTOS DOS RÉUS DO NÚCLEO PRINCIPAL DO INQUÉ...

Durante as audiências das testemunhas dos núcleos dois, três e quatro da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado no Brasil, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), teve um momento de tensão com o advogado Jeffrey Chiquini, que representa o ex-assessor internacional da Presidência Filipe Martins. A discussão ocorreu antes do depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e um dos principais colaboradores do inquérito.

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O Chiquini alegou que a defesa teve acesso ao processo somente quatro dias antes da audiência, o que, em sua visão, prejudicaria o direito à ampla defesa. Moraes, por sua vez, interrompeu o argumento e declarou: “Enquanto eu falo, o senhor fica quieto”, afirmou o ministro ao advogado, após interrupções que deixaram as declarações incompletas.

PGR responde a críticas de parlamentares.

Durante a audiência, Chiquini também questionou a atuação da Procuradoria-Geral da República (PGR), alegando que a denúncia apresentada deveria ter sido mais clara em relação ao núcleo do qual seu cliente faria parte. Moraes reagiu prontamente: “Não é o senhor que vai ditar se a PGR deve denunciar seu cliente no núcleo 1, 2 ou 3”.

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A sessão concentrou-se nas sustentações relacionadas à apuração dos atos que constituem a tentativa de ruptura institucional no País.

Próximos passos da investigação

Filipe Martins é apontado como um dos integrantes do núcleo estratégico da articulação golpista, e sua defesa tem tentado desqualificar a acusação apresentada pela PGR. Com a delação premiada de Mauro Cid, o processo avançou para a oitiva de testemunhas ligadas aos diferentes grupos investigados.

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As audiências ocorrem sob a responsabilidade do STF, com a condução direta de Moraes, que tem enfatizado a legalidade e a independência das decisões proferidas no curso do processo. A previsão é que os depoimentos nesta fase ajudem a determinar a participação de cada envolvido.

Fonte por: Jovem Pan

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.