Diúda Alves: o silêncio constante dedicado à família e à política

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, por meio de seus 24 deputados estaduais, manifestou voto de pesar pelo falecimento de Maria de Lourdes Alves Dias de Souza, popularmente conhecida como “Diúda” Alves, ocorrido em Natal na manhã da quarta-feira (11), aos 97 anos.

Duidade era esposa do decano da Casa, deputado estadual José Dias (PL), que já havia decidido não disputar a reeleição em 2026, e irmã do falecido ex-governador e ex-ministro Alúcio Alves, e mãe do procurador regional da República, Marcelo Alves Dias.

Outros irmãos já falecidos eram Maristela, Neusa, Garibaldi (ex-deputado e ex-vice-governador), Expedito (prefeito em Angicos), José Gobat, Madre Carmem Alves e Agnelo (ex-deputado e ex-prefeito em Parnamirim e Natal).

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A ex-governadora Diúda deixa um legado de afeto, dignidade e compromisso familiar. Sua partida representa uma lacuna irreparável não apenas para seus entes queridos, mas também para a memória afetiva e política do Rio Grande do Norte.

Diúda Alves, com postura reservada, porém presença notável nos bastidores da vida política, representava um símbolo de solidez moral, lealdade e protagonismo silencioso. O apoio inabalável ao marido, irmãos e sobrinhos, figuras públicas, constituiu a base e o suporte ao longo de décadas de história e dificuldades da política potiguar. Sua vida se caracterizou por atos de desprendimento, amor familiar e nobreza.

Coronel Azevedo e Tomba Farias (PL), Isolda Danas (PT), Ubaldo Fernandes (PSDB) e Adjuto Dias (MDB) também se manifestaram com pesar no plenário.

Diúda Alves nasceu em 14 de fevereiro de 1928, faleceu por volta das 6 horas do dia 11, devido a bronquiectasia e insuficiência respiratória.

O procurador e escritor Marcelo Alves Dias definiu a mãe como protagonista de sua educação. Ela era sempre exigente, buscando aprender para ensinar, exercendo funções que variavam de “advogada” a “professora” para aqueles que a cercavam. “Ela se empolgava com os avanços da política e da educação”, afirmou. “Estava doente há alguns anos, mas conseguiu superar desafios”, relatou.

O deputado José Dias recorda com afeto as lembranças da esposa na política potiguar, participando de instantes cruciais da trajetória política do irmão, Aluízio Alves, com quem cultivava uma colaboração sólida. “O papel dela consistia em contribuir com apoio e empenho”, afirmou.

O parlamentar também mencionava o olhar atencioso que a esposa tinha para os outros. Apesar de ser “intransigente” em certas questões, como as relacionadas a costumes, ela não deixava que isso prejudicasse seus relacionamentos com aqueles que discordavam de seus pontos de vista: “Ela sempre se preocupava com o bem que a pessoa fazia”.

Para Marcelo Dias, a partida da mãe gerará saudades, porém ele se apoia no fato de que ela faleceu de forma serena e teve a chance de conhecer e conviver por alguns anos com o neto, o pequeno João, de seis anos. Nos últimos dias de vida, o procurador relata que ela estava bem e sempre cercada de pessoas em casa.

O ex-deputado Henrique Alves, sobrinho de Diúda, afirma que o seu falecido pai deixou um legado marcante de fé, coragem e perseverança: “Ele foi um guerreiro exemplar, sempre verdadeiro. Essa é a lição que ele deixa para todos nós e seremos eternamente gratos por isso. Sabemos que ele hoje estará na casa do pai, no reencontro com seus tão queridos irmãos e irmãs”.

Fonte por: Tribuna do Norte