O confronto ocorreu em sessão após o diretor da empresa solicitar alterações no projeto legislativo para a organização.
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e o deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS) trocaram acusações durante audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados. O confronto ocorreu nesta quarta-feira (9.jul.2025) após o chefe da PF requisitar aos parlamentares a alocação de emendas para a corporação.
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Durante sua participação na audiência para a qual foi convocado, Andrei realizou o que ele próprio denominou “lobby” junto aos deputados, solicitando recursos por meio de emendas para a instituição.
O diretor-geral da PF manifestou que a corporação necessita do apoio financeiro dos parlamentares. Andrei afirmou que esse suporte deve ocorrer “com muita transparência e muita clareza” e declarou que “o dinheiro de todos os parlamentares é muito bem-vindo” para a instituição.
O presidente da comissão, deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), sugeriu que Van Hattem alocasse 25 milhões de reais à Polícia Federal. Em resposta, o deputado do Novo afirmou, fora do microfone, ao diretor-geral que costumava destinar recursos à corporação quando esta era comandada por pessoas “mais sérias”.
Diante da provocação, Andrei respondeu que fora convidado para um “debate de alto nível”.
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Em 3 de dezembro de 2024, o deputado Marcel van Hattem instou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, a prendê-lo durante as reuniões da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados.
Durante a reunião, Van Hattem reiterou a crítica ao delegado Fábio Schor, o chamando de “bandido” e o responsabilizou por elaborar “relatórios fraudulentos com base em informações falsas” para manter Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso.
O deputado do Novo se dirigiu diretamente ao diretor-geral da PF: “Se há o entendimento que estou fazendo crime contra a honra, por que seu chefe na PF, o diretor-geral Andrei, que está aqui, não me prende agora, em flagrante delito? Se é um crime contra a honra, que me prenda”.
Van Hattem intensificou suas declarações diante do silêncio de Rodrigues: “Só quero lembrar que eu não fui preso, sr. presidente, isso é crime contra a honra. Estamos diante de um prevaricador, que é o diretor-geral da Polícia Federal”.
Este texto foi elaborado pela estagiária de jornalismo Isabella Luciano, com supervisão do editor Augusto Leite.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.