Deputados comentam grande operação contra o PCC
Parlamentares elogiaram a operação, contudo, usaram a investigação para criticar o governo e associar o caso ao julgamento dos envolvidos no 8 de Janeiro.
A operação Carbono Oculto, realizada nesta quinta-feira (28) por uma força-tarefa com mais de 1400 agentes de órgãos federais e municipais, provocou discussões nas redes sociais envolvendo parlamentares governistas e de oposição.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Comumente, os políticos celebraram a concretização da operação de grande porte. Contudo, usaram a ocasião para criticar a oposição, fazer críticas ao governo e atrair atenção para o julgamento dos envolvidos na trama golpista.
Abaixo algumas manifestações de políticos sobre a operação:
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Érika Hilton (PSOL-SP)
A deputada federal declarou que a fintech que movimentou R$ 46 bilhões estava “desprotegida da fiscalização” após uma “falsa informação” divulgada pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) em vídeo nas redes sociais.
Ela afirma que, com o vídeo, o parlamentar obteve a impossibilidade da Receita Federal de investigar suas movimentações financeiras.
Leia também:
CNBB pede nulidade de votos de Rosa Weber e Luís Roberto Barroso no STF sobre aborto
Aprovação da Gestão de Cláudio Castro atinge nível recorde, revela pesquisa do Datafolha
Lula inaugura Terminal Portuário de Outeiro em Belém para a COP30 com investimento de R$ 233 milhões
A CNN tentou contatar o deputado para se manifestar sobre o ocorrido, porém ainda não obteve resposta.
align=”center”>Randolfe Rodrigues
“O maior combate ao crime organizado da história”, declarou o líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues, ao comentar a operação deflagrada nesta quinta-feira.
align=”center”>Jaques Wagner
O senador petista afirmou que houve a vitória em uma batalha importante: uma megaoperação foi realizada em mais de 10 estados, a maior ação de combate ao crime da história do país, e atingiu de forma inédita o núcleo financeiro de uma série de esquemas ilícitos.
align=”center”>Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
O filho de Jair Bolsonaro, senador, manifestou elogios à Operação Carbono Oculto, ao mesmo tempo em que ironizou a ocorrência de duas coletivas de imprensa sobre o caso. Ele comparou a entrevista conduzida em Brasília – com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o diretor-geral da PF, delegado Andrei Rodrigues – com outra realizada em São Paulo, por técnicos do MPSP e da Receita Federal.
Flávio declarou que a reunião em Brasília tinha como objetivo “convencer alguém de que estão combatendo o PCC”. Adicionalmente, afirmou: “Está no DNA do PT roubar… até o suor do trabalho dos outros”.
align=”center”>Sergio Moro (União Brasil-PR)
O senador escreveu que o mesmo esquema da Operação Lava Jato que os criminosos e seus apoiadores tentaram incessantemente difamar. Para Moro, é imprescindível retomar o modelo de operações especiais “para que as organizações criminosas sejam desmanteladas”.
align=”center”>Nikolas Ferreira (PL-MG)
O deputado ironizou que o principal problema do país reside na “trama golpista”, com idosos e batom, ao comparar a operação com o julgamento dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
align=”center”>Operação Carbono Oculto
A Polícia Federal iniciou uma operação contra um esquema criminoso de grande porte relacionado ao Posse de Armas e Comando da Cordenada (PCC). A equipe-base contou com 1.400 agentes, que executaram mandados contra mais de 350 alvos, incluindo empresas e indivíduos.
A operação, denominada Operação Carbono Oculto, resultou em mandados executados nos estados de São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
A operação contou com a participação do MPSP (Ministério Público de São Paulo), do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Ministério Público Federal, Polícia Federal, polícias Civil e Militar, Receita Federal, Secretaria da Fazenda e Planejamento de São Paulo, ANP (Agência Nacional do Petróleo), PGE-SP (Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo) e GAERFIS (Grupo de Atuação Especial para Recuperação Fiscal).
A Polícia Federal deflagrou, ainda nesta quinta-feira (28), outras duas operações em conexão com a participação do Primeiro Comando da Capital no tráfico de combustíveis.
Foram executados autos na Avenida Faria Lima, principal região financeira e comercial do país, em São Paulo.
Investigadores apontam que o esquema desviou aproximadamente R$ 7,6 bilhões em sonegação de tributos. Cerca de mil postos de combustíveis ligados ao grupo totalizaram R$ 52 bilhões em movimentações entre 2020 e 2024. Adicionalmente, uma fintech que operava como banco paralelo da organização registrou movimentações de R$ 46 bilhões não rastreáveis no mesmo período.
Sob a supervisão de Leandro Bisa
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.












