Decisão de Trump contra imigração afasta EUA da agenda de shows de Bad Bunny

O músico porto-riquenho Bad Bunny afirmou em uma entrevista publicada na revista i-D que não incluiu os Estados Unidos em sua turnê de 2025-2026 devido ao receio de que o Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas dos EUA (ICE) realizasse buscas entre o público.

Bad Bunny lançou esta turnê com uma temporada de dois meses no Coliseu de Porto Rico José Miguel Agrelot, em San Juan. Batizada de “No me quiero ir de aquí” (do espanhol, “Não quero ir embora daqui”), a série de 30 apresentações na ilha caribenha encerra no domingo (14) e tem reunido diversas estrelas de Hollywood.

Após a estadia em Porto Rico, o artista prosseguirá com sua turnê de apresentações para divulgação do novo álbum “Debí Tirar Más Fotos” até meados de 2026. Batizada de “Debí Tirar Más Fotos World Tour”, a turnê iniciará em 21 de novembro em Santo Domingo, na República Dominicana, e encerramento ocorrerá em 22 de julho de 2026 em Bruxelas, na Bélgica. O percurso abrangerá a América Latina, Europa, Ásia e Oceania.

O músico afirmou que “houve muitas razões pelas quais não me apresentei nos Estados Unidos, e nenhuma delas foi por ódio; já me apresentei lá muitas vezes”. Bad Bunny acrescentou que “todos [os shows] foram magníficos. Eu gostei de me conectar com os latinos que vivem nos Estados Unidos. Mas especificamente, para uma residência aqui em Porto Rico, quando somos um território não incorporado dos Estados Unidos”.

Bad Bunny afirmou que indivíduos dos Estados Unidos poderiam comparecer aos seus shows. Também era possível que latinos e porto-riquenhos dos Estados Unidos viajassem para assistir, ou para qualquer local do mundo. Contudo, existia a preocupação com a ICE, que poderia estar presente nesses eventos. Essa questão foi amplamente discutida e gerava grande apreensão.

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O artista tem empregado seu mais recente álbum e a turnê mundial de apresentações para divulgar a cultura porto-riquenha, seus diversos estilos musicais e dar visibilidade às vozes excluídas das periferias americanas. Tal discurso político também se manifestou na campanha presidencial dos EUA de 2024, quando Bad Bunny manifestou seu apoio à candidata democrata Kamala Harris.

Fonte por: CNN Brasil