Como a Redução da Cafeína Pode Transformar Seus Sonhos em Experiências Vivas e Intensas

A redução do consumo de cafeína pode intensificar seus sonhos, tornando-os mais vívidos ou até pesadelos. Entenda como isso afeta seu sono!

12/11/2025 8:59

3 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Impacto da Cafeína nos Sonhos

Você já notou que ao reduzir o consumo de café, seus sonhos se tornaram mais vívidos ou até mesmo pesadelos? Essa mudança pode estar relacionada à bioquímica do sono, e não apenas ao inconsciente. Especialistas afirmam que a cafeína afeta diretamente as fases do sono, influenciando a lembrança dos sonhos.

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Quando a ingestão de cafeína diminui, o corpo se adapta, reorganizando o sono e permitindo que a mente sonhe com mais intensidade. “A ciência demonstra que a cafeína interfere na arquitetura do sono, especialmente nas fases mais profundas e no sono REM, onde ocorrem os sonhos mais nítidos”, explica Maria Clara Martins, médica endocrinologista e nutróloga.

A Relação entre Cafeína e Sono

O sono é composto por fases leves, profundas e o sono REM, que é quando os olhos se movem rapidamente sob as pálpebras e o cérebro está mais ativo. A cafeína interfere nesse equilíbrio. “Ela é um estimulante do sistema nervoso central, bloqueando os receptores de adenosina, que sinalizam ao cérebro que é hora de descansar”, detalha Maria Clara.

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Estudos indicam que o consumo elevado de cafeína reduz o tempo de sono profundo e o total de sono REM, fragmentando o descanso e alterando a sequência natural das fases do sono. O resultado é um sono mais leve e uma sensação de cansaço, mesmo após horas de sono.

Menos Cafeína, Mais Sonhos

Quando a cafeína é diminuída ou eliminada, o corpo tende a restabelecer o equilíbrio das fases do sono. Essa reorganização pode levar algumas pessoas a perceberem sonhos mais vívidos e realistas. “Ao parar ou reduzir a cafeína, o sono se reorganiza, permitindo que o corpo atinja o REM de forma mais natural”, explica Clayton Luiz Dornelles Macedo, endocrinologista e especialista do Hospital Israelita Albert Einstein.

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Os especialistas afirmam que a mudança está na frequência e na recordação dos sonhos, e não na criatividade ou complexidade deles. “A cafeína reduz o tempo de sono REM, o que gera menos oportunidades para sonhar, mas também pode fazer com que a pessoa não se lembre dos sonhos devido ao sono fragmentado”, completa Maria Clara.

Abstinência e o Efeito Rebote do REM

Quem reduz o café abruptamente pode experimentar sonhos muito vívidos e até pesadelos nos primeiros dias. Isso ocorre devido à reação natural do corpo à falta de cafeína. “Ao interromper o consumo, o sistema nervoso recalibra-se, aumentando o sono REM nas primeiras noites, o que pode resultar em sonhos intensos”, explica Maria Clara.

Esse fenômeno, conhecido como rebote do REM, também é observado após períodos de privação de sono, quando o corpo tenta compensar as fases perdidas.

Duração da Cafeína no Organismo

A duração da cafeína no corpo varia conforme o metabolismo e fatores genéticos. “A meia-vida da cafeína é de 4 a 6 horas, mas pode se estender até 9 ou 10 horas em algumas pessoas”, afirma Macedo. “Isso significa que um café consumido às 17h ainda pode estar ativo na hora de dormir.”

Maria Clara alerta que, em alguns casos, a cafeína pode permanecer ativa por até 12 ou 14 horas. Portanto, o café da tarde pode interferir no sono noturno. A recomendação é evitar cafeína de seis a oito horas antes de dormir, sugerindo que o último café do dia seja até às 14h ou 15h.

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.