Câmara dos Deputados inicia CPI sobre crime organizado
A Câmara dos Deputados dará início nesta terça-feira (4) a uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a estrutura e o funcionamento do crime organizado no Brasil, com foco nas milícias e nos grupos de tráfico de drogas. Este é apenas o começo de uma semana movimentada no Congresso, que contará com comissões para ouvir ministros e avaliar diversas questões.
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A CPI foi proposta pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE) e sua instalação foi anunciada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). A expectativa é convocar policiais e outros agentes de segurança para compreender melhor os caminhos que podem ser seguidos para aprimorar o combate ao crime organizado.
Entretanto, a extrema direita pretende influenciar a comissão. Nomes como Sérgio Moro (União-PR) já estão entre os indicados, e os congressistas desse grupo demonstraram que darão prioridade à CPI. O PT indicará dois representantes, com Jaques Wagner e Rogério Carvalho como os mais cotados, embora o nome de Randolfe Rodrigues tenha ganhado força recentemente.
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Eles ainda não definiram uma posição sobre a CPI e se reunirão na próxima terça para discutir a estratégia e como a extrema direita poderá agir na comissão.
Comissões e propostas em análise
Na mesma terça, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado analisará uma proposta que já foi aprovada na Câmara, mas que pode sofrer alterações no Senado, o que exigiria nova votação entre os deputados. O projeto, de autoria do governo, recebeu aprovação unânime na Câmara e beneficiará 15 milhões de brasileiros, abrangendo cerca de 141 mil pessoas, o que representa 0,06% da população.
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Além disso, o Congresso instalará uma comissão nesta terça para discutir a substituição do Auxílio Gás dos Brasileiros (Lei nº 14.237/2021). A nova iniciativa oferecerá recargas gratuitas de botijões de 13 kg para mais de 15 milhões de famílias, impactando aproximadamente 50 milhões de pessoas em todo o Brasil.
Em 2026, o programa deve possibilitar cerca de 65 milhões de recargas de botijões anualmente.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado também analisará o relatório sobre a recondução de um ministro. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, participará da Comissão de Relações Exteriores para discutir a atuação do governo em relação à concessão de proteção internacional, incluindo o uso de justificativas humanitárias e o transporte em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), além da confusão entre as categorias de asilo diplomático e refúgio.
