Câmara autoriza tratamento de urgência para revogar o Imposto sobre Operações Financeiras
Câmara autoriza urgência para extinguir o Imposto sobre Operações Financeiras após votação contra Haddad.

A Câmara dos Deputados aprovou na segunda-feira (16.jun.2025) por 346 votos a 97 o requerimento de urgência do PDL (Projeto de Decreto Legislativo) 314 de 2025, que revoga o decreto do governo que aumentou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). a proposta pode ser votada no plenário a qualquer momento.
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A aprovação representa um revés para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad . O petista buscou implementar a medida com o objetivo de elevar a arrecadação e evitar novas restrições no Orçamento de 2025.
Somente a federação composta pelos partidos PT, PV e PC do B conduziu o voto contra. O líder do Governo, José Guimarães (PT-CE), autorizou a bancada. Os partidos União Brasil, PP, PSD e PDT, que possuem 8 ministérios, votaram a favor da urgência.
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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), destacou a urgência após o Executivo publicar uma MP que elevou impostos adicionais e um decreto que revogou uma parcela do reajuste do IOF.
O Executivo pretende taxar investimentos atualmente isentos, incluindo a Letra de Crédito do Agronegócio e a Letra de Crédito Imobiliário.
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O governo federal deve apresentar, em breve, um novo plano para tentar conter a alta da inflação, que tem gerado preocupação entre a população e o mercado.
A ratificação com urgência visava exercer pressão sobre o governo.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, reuniram-se com Motta e os líderes partidários na tarde da segunda-feira (16.jun) para tentar solucionar a questão. Os parlamentares não concordaram.
Os deputados propõem incluir outros processos penais na proposta que recebeu urgência, visando impedir totalmente o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras.
Não há data definida para a votação do mérito. Motta fez um acordo com os governistas de que não ocorreria nesta semana.
O Congresso entrará em recessão devido às celebrações de São João. É frequente que os parlamentares se dirijam aos seus estados para participarem das festividades.
O Executivo terá duas semanas para evitar a derrota em relação ao IOF. Até lá Haddad já terá retornado das férias, que iniciaram nesta segunda-feira e encerram em 22 de junho.
A manifestação ocorrida em Brasília, na sede da sede da Câmara dos Deputados, resultou em confrontos entre manifestantes e autoridades presentes. A situação envolveu atos de depredação e agressão, com o objetivo de interromper o andamento de uma sessão.
Deputados da oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) consideram retornar o texto ao poder executivo.
Uma das alternativas consideradas para compensar as perdas decorrentes do decreto do IOF seria o uso das reservas de dividendos da Petrobras (R$ 10,3 bilhões), do Banco do Brasil (R$ 2,5 bilhões) e do BNDES (R$ 16,1 bilhões).
Gleisi e os governistas afirmam que, caso o decreto seja derrubado e a Medida Provisória rejeitadas, uma das alternativas seria condicionar as emendas dos parlamentares.
A decisão tende a agravar ainda mais o relacionamento entre o governo e o Congresso.
O impacto nas contas públicas.
O Ministério da Fazenda não apresentou uma projeção oficial sobre a arrecadação esperada com o novo decreto do IOF. Contudo, Haddad já indicou que a estimativa deve ser de aproximadamente R$ 6 bilhões a R$ 7 bilhões em 2025.
Caso não haja compensação, isso implica que o governo terá menos recursos para financiar o setor público. Serão necessárias maiores restrições no orçamento.
A equipe econômica buscou apresentar que uma possível restrição orçamentária poderia afetar o desempenho do governo.
Nas negociações, informaram aos parlamentares que as questões poderiam influenciar as emendas destinadas a deputados e senadores.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Lucas Almeida
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.