Buzeira e Morgado são transferidos para presídios em SP após prisão preventiva
Influenciadores são alvos de prisão preventiva em investigação de lavagem de dinheiro ligada ao tráfico de drogas. Confira no Poder360.
Transferência de Influenciador e Contador para Unidades Prisionais
O influenciador digital Bruno Alexssander Souza Silva, conhecido como Buzeira, e o contador Rodrigo Morgado foram transferidos para unidades prisionais estaduais após deixarem a Superintendência da Polícia Federal na Lapa, em São Paulo.
A transferência ocorreu na segunda-feira, 20 de outubro de 2025, após a Justiça Federal confirmar a prisão preventiva dos dois suspeitos, detidos durante a Operação Narco Bet em 14 de outubro. A operação investiga um esquema de lavagem de dinheiro relacionado ao tráfico internacional de drogas.
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Informações sobre a Detenção
A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) informou que Buzeira foi enviado ao Centro de Detenção Provisória IV de Pinheiros, enquanto Morgado está detido no Centro de Detenção Provisória de São Vicente, no litoral sul do Estado.
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A Polícia Federal (PF) deflagrou a operação para desmantelar um esquema de lavagem de dinheiro que utilizava apostas online, conhecidas como bets, para ocultar recursos oriundos do tráfico de drogas. Morgado é considerado o operador do esquema.
Apreensões e Investigações
Durante a operação, a PF apreendeu uma espingarda calibre 12, três pistolas, um revólver e um rifle. Embora Buzeira tenha registro como CAC (colecionador, atirador e caçador), ele não tinha autorização para manter as armas em sua residência. Veículos de luxo, equipamentos eletrônicos e pedras preciosas também foram confiscados.
Além disso, a PF descobriu que uma viagem de Buzeira e Morgado a Dubai teria sido para fins comerciais. Os investigadores acreditam que a dupla saiu do país para abrir empresas e buscar vantagens tributárias, além de sigilo nas operações financeiras.
Documentos e Alegações de Inocência
Uma nota fiscal de R$ 50 milhões, emitida em fevereiro de 2024 por uma empresa de Buzeira, foi encontrada nas investigações. O documento refere-se a seis meses de “serviços de publicidade” para uma companhia em Curaçao, o que a PF considera uma tentativa de simular uma origem lícita para justificar a entrada de capital.
As investigações mostraram que o esquema envolvia a criação de várias empresas de apostas a partir de uma única licença. A defesa de Morgado, em uma nota publicada, declarou a “total inocência diante das acusações” e afirmou que ele atua exclusivamente como contador.
Reações e Imagens Compartilhadas
Representantes de Buzeira afirmaram que a “mídia distorceu os fatos” relacionados à prisão do influenciador. Imagens do dia da ação policial foram compartilhadas nas redes sociais, mostrando a casa de Buzeira com vidros quebrados e itens pessoais revirados, acompanhadas da legenda “isso é um pedido de socorro”.
O Poder360 tentou contatar Buzeira e Rodrigo Morgado, mas não obteve sucesso em encontrar um telefone ou e-mail válido para informar sobre o conteúdo desta reportagem. O jornal digital continuará tentando contato e atualizará o texto caso uma manifestação seja recebida.
Autor(a):
Marcos Oliveira
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.