Bolsonaro sobre participação na Abin: “Criaram uma fantasia”

O governo alega que o ex-presidente sabia do vigilância irregular e empregou essa estrutura para obter vantagens.

21/06/2025 14:33

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Bolsonaro sobre participação na Abin: “Criaram uma fantasia”
(Imagem de reprodução da internet).

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou, no sábado (21), sobre os indiciamentos pela PF (Polícia Federal) na investigação que apura uma suposta estrutura clandestina de monitoramento ilegal dentro da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) – caso conhecido como “Abin paralela”.

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Alexandre Ramagem e Carlos Bolsonaro (PL-RJ) são investigados. Embora Bolsonaro não tenha sido formalmente indiciado, a Polícia Federal alega que ele tinha conhecimento do funcionamento da estrutura e não tomou medidas para interromper a prática, utilizando-a para seu proveito.

Ele inventou a ideia de que eu estava rastreando indivíduos. O objetivo seria determinar a localização de A, B ou C. Isso não é aceitável. Alguém se queixou de estar sendo monitorado? “Não”, declarou o ex-presidente aos jornalistas.

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), removeu o sigilo da investigação e publicou o relatório da instituição na última quarta-feira (18).

O ex-presidente não figura na lista formal de inquéritos devido ao princípio da vedação da dupla incriminação, que impede que uma pessoa seja processada duas vezes pelo mesmo ilícito, considerando que ele já responde pelo mesmo crime em outra ação que investiga uma tentativa de golpe de Estado.

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A Polícia Federal alega que a Abin empregou de maneira inadequada o sistema de geolocalização FirstMile, desenvolvido por empresa israelense, para fins de espionagem, notadamente em 2021, período antecedente às eleições.

A investigação indica que ministros do STF, deputados e jornalistas tiveram suas localizações rastreadas pela “Abin paralela”, organizada fora dos procedimentos legais da agência.

“Agora, [a ferramenta foi] usada para quê? Com que finalidade? Se quero saber se você está aqui hoje ou não está? Não existe isso. Quando eu queria ter um contato com alguma autoridade, ligava no gabinete dele, sabia onde estava e fazia o contato sem problema nenhum”, afirmou Bolsonaro.

“Quem utilizou este equipamento assume a total responsabilidade por ele”, declarou. O ex-presidente falou com jornalistas à saída do Hospital DF Star, em Brasília, onde realizou uma série de exames na manhã do sábado (21).

O médico Cláudio Birolini, que acompanhava Bolsonaro, informou que os exames revelaram um quadro de pneumonia viral. Ao deixar o hospital, o ex-presidente declarou que se sentia “meio tonto, porém bem”.

Bolsonaro cancelou, na sexta-feira (20), uma agenda em Anápolis, no interior de Goiás, após se sentir mal.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.