Bolsonaro depoisa por tentativa de golpe

O plenário do Supremo Tribunal Federal questiona o ex-presidente e os demais sete réus do núcleo 1 da ação penal que apura a tentativa de golpe em 2022.

10/06/2025 14:51

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Bolsonaro depoisa por tentativa de golpe
(Imagem de reprodução da internet).

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comparece a um depoimento nesta terça-feira (10.jun.2025), a partir das 14h30, ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Ele foi chamado para declarar no inquérito que investiga a tentativa de golpe em 2022. A audiência se realiza na sala da 1ª Turma do STF, em Brasília.

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Bolsonaro será o 6º a depor. Anteriormente, o ex-presidente afirmou que entregaria ao STF um pen drive que, segundo ele, contém gravações do ministro do STF Flávio Dino e do ex-ministro da Previdência Carlos Lupi criticando as urnas eletrônicas. “Se eu puder ficar à vontade, se preparem, vão ser horas”, declarou.

Afirmou que há depoimentos seus, do Flávio Dino, condenando a urna eletrônica, e do Carlos Lupi, também, falando que sem impressão do voto é fraude. Eu não estou inventando nada.

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Bolsonaro presta depoimento ao vivo para Moraes.

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Interrogatórios

A Primeira Turma do STF iniciou na segunda-feira (9.jun) o interrogatório dos réus no núcleo central do processo penal por tentativa de golpe de Estado. De acordo com o Ministério Público, os integrantes desse grupo teriam sido responsáveis por liderar as ações da organização criminosa que visavam impedir a posse de Lula.

Pertencem ao grupo:

Os interrogatórios deverão ser concluídos até sexta-feira (13/06). O primeiro a ser ouvido foi Mauro Cid, que formalizou um acordo de colaboração com o STF. Os demais réus estão sendo ouvidos em sequência, em ordem alfabética. Essa ordem foi estabelecida para que todos tenham conhecimento do que o delator declarou e, assim, possam exercer o amplo direito de defesa.

Todos os réus do núcleo são obrigados a comparecer nos interrogatórios, mas podem permanecer em silêncio e responder a algumas ou nenhuma pergunta. O relator, ministro Alexandre de Moraes, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e os advogados podem fazer perguntas. Se outros ministros da 1ª Turma comparecerem, também podem questionar os réus.

Após as audiências, os réus não precisam mais comparecer. A única pessoa do grupo que não irá até o plenário da 1ª Turma é o general Braga Netto, que está preso preventivamente no Rio de Janeiro desde dezembro. Ele participa por videoconferência.

Os interrogatórios são parte da fase instrutória do processo criminal, momento de coleta de provas. As testemunhas do Ministério Público e da defesa já prestaram depoimentos e ainda podem ser produzidas provas documentais e periciais, caso sejam solicitadas pelas partes e autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes.

Podem ser realizadas, eventualmente, investigações adicionais para confirmar informações relevantes durante o processo. Só após essa fase as acusações e as defesas devem apresentar suas alegações finais e Moraes elaborará o relatório final para o julgamento.

Os depoimentos das testemunhas são divulgados no canal do STF no YouTube e na TV Justiça ao vivo. O Poder360 também realiza a transmissão no canal deste jornal digital no YouTube (inscreva-se e ative as notificações). No Brasil, o interrogatório de réus em ações penais é, por regra, um ato público. Embora a transmissão ao vivo não seja comum, o STF já permitiu acesso de jornalistas e do público em outros casos semelhantes.

Até a terça-feira passada (10 de junho), falaram Mauro Cid, Alexandre Ramagem, o Almir Garnier, Anderson Torres e o general Heleno.

Acompanhe os vídeos do depoimento dos réus perante o STF.

Leia reportagens sobre o interrogatório de Mauro Cid:

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Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.