A declaração foi emitida após uma nova operação da Polícia Federal em sua residência e em seu escritório político, com autorização do ministro Alexandre…
Jair Bolsonaro declarou, em entrevista à Reuters, que está sendo perseguido pelas instituições brasileiras e que “o sistema” prefere vê-lo morto a preso. A afirmação foi feita nesta sexta-feira (18), após uma nova operação da Polícia Federal em sua casa e em seu escritório político, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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“Eu preso vou dar problemas para eles. Já passei pela morte mergulhando, saltando de paraquedas e na facada. O sistema me quer morto.”
Na entrevista, o ex-presidente também declarou que nunca presenciou um processo judicial avançar com tanta rapidez. Seu julgamento está agendado para 20 de agosto.
“Com meus 70 anos de vivência, sei que tudo pode acontecer”, afirmou.
O STF estabeleceu uma série de restrições ao ex-presidente, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, o bloqueio do passaporte e a proibição do uso das redes sociais. Bolsonaro também está impedido de manter contato com diplomatas, embaixadores e com o filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se encontra nos Estados Unidos.
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A decisão foi mantida pela maioria da Primeira Turma do Supremo em sessão virtual. Em comunicado, a defesa de Bolsonaro declarou ter recebido as medidas com “surpresa e indignação”, afirmando que ele sempre respeitou as determinações da Justiça. Durante a operação da Polícia Federal, foram apreendidos dinheiro em espécie, um celular e um pen drive, encontrados em um banheiro da residência. Bolsonaro alegou desconhecer o dispositivo e chegou a sugerir que ele poderia ter sido plantado: “Nunca abri um pen drive na vida. Nem tenho laptop em casa.” Posteriormente, ele retificou a fala: “Vou perguntar para a minha mulher se o pen drive era dela.”
O ministro Alexandre de Moraes justificou as medidas com base em indícios de que Bolsonaro teria atuado para interferir no processo eleitoral, incitar ataques às instituições e tentar obter benefícios políticos em troca de vantagens a governos estrangeiros. Em seu voto, Moraes citou Machado de Assis: “A soberania nacional é a coisa mais bela do mundo, com a condição de ser soberania e de ser nacional”. Bolsonaro classificou o uso da tornozeleira como uma “suprema humilhação” e reafirmou não ter participado de nenhuma tentativa de golpe.
Reportagem elaborada com a ajuda de inteligência artificial.
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.