O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, no interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF), que seu ex-assessor, Filipe Martins, não teve envolvimento na elaboração de uma minuta de golpe. Ele manifestou explicitamente que não leu nem modificou o documento.
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Filipe Martins nunca foi lá para discutir a minuta. Eu sempre estive do lado da Constituição, afirmou.
Bolsonaro é denunciado por liderar suposto esquema para obstruir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022. Segundo a Procuradoria-Geral da República, ele teria elaborado e redigido projeto que previa estado de exceção no país, além de ter conhecimento do plano “Páscoa Amarela”, destinado a eliminar Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes.
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O tenente-coronel Mauro Cid, em depoimento ao STF na segunda-feira (9), alegou que Bolsonaro participava ativamente da elaboração da minuta do golpe, e atribuiu a Filipe Martins a edição do documento em reunião privada com o ex-presidente.
Cid afirmou: “Em relação à data, não me lembro bem. Foram, no máximo, três reuniões em que aquele documento foi apresentado ao presidente.”
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Bolsonaro, que primeiramente foi ouvido pelo ministro relator, Alexandre de Moraes, agora responde às perguntas do ministro Luiz Fux. Em seguida, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, também fará interrogações ao ex-presidente.
Após a sessão, os advogados dos demais acusados também poderão fazer perguntas ao réu.
As investigações começaram na segunda-feira (9) com o depoimento de Mauro Cid, que possui um acordo de delação premiada, e do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).
Fonte por: CNN Brasil
