Bolsonaro afirma que a investigação envolvendo Eduardo segue em curso
Ex-presidente declara que acusações envolvendo-o e seu filho têm motivação política, relembrando o processo de prisão de Lula em 2018.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reiterou que está sendo “perseguido” e evocou a situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante sua prisão. A declaração ocorreu após ser ouvido pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (5.jun.2025) no inquérito que investiga seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
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A perseguição persiste. O que meu filho está fazendo nos Estados Unidos foi muito pior, não é? Se houve algo ruim agora. No passado, em 2017, 2018, quando o Lula estava preso, o PT, em especial, rodou o mundo denunciando a Justiça brasileira como parcial, como uma Justiça que estava perseguindo o Lula naquele momento. Não tem nada a ver o que o Lula fez no passado com as acusações que eu sofro no momento, e que ele [Eduardo] também sofre. é uma perseguição, na minha compreensão.
Em 2018, a então presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, declarou que a direção do partido e de movimentos sociais não concordaria em aceitar “pacificamente” o processo de prisão de Lula.
O petista recebeu condenação do ex-juiz Sergio Moro no mesmo ano pelos delitos de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, referentes ao caso envolvendo o tríplex de Guarujá, investigado pela Operação Lava Jato. Foi libertado em 8 de novembro de 2019. O motivo foi que o STF havia determinado que a pena só poderia ser executada após o “trânsito em julgado”, quando não há mais possibilidade de recurso.
Ao jornalistas, o ex-presidente declarou que o depoimento em que se limitou às transferências de recursos que ele efetivou para a conta de seu filho, Bolsonaro (PL-SP), residente nos Estados Unidos.
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Ele está sendo investigado acerca de sua atuação nos Estados Unidos contra o STF e, em particular, contra o ministro Alexandre de Moraes.
Bolsonaro afirmou que, caso o congressista estivesse cometendo qualquer ato irregular ali, parte do parlamento norte-americano que ele mantém contato estaria cometendo um crime também.
Eduardo Bolsonaro protocolou seu pedido de licença da Câmara dos Deputados em março. Em entrevista à Época, declarou que se transferiu para o país para “buscar as devidas sanções aos violadores de direitos humanos”. Por ter se afastado do cargo, ele não recebe salário.
A licença pedida por Eduardo tem duração de 120 dias. Após esse período, ele deverá retornar ao Brasil ou poderá perder o mandato. Questionado, Bolsonaro afirmou que não há previsão de que o congressista retorne ao país.
Eduardo declarou que somente retornará ao Brasil se o ministro do STF Alexandre de Moraes for sancionado pelos Estados Unidos.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.