Black Sabbath apresenta show de encerramento com Ozzy Osbourne e comove público

Ozzy Osbourne e Black Sabbath encantaram dezenas de milhares de fãs em um show de despedida emocionante em Birmingham no sábado, após um dia marcado por homenagens de uma lista de artistas renomados.

Após quase seis décadas de pioneirismo com uma música homônima que cativou e assustou o público, o Black Sabbath retornou à sua cidade natal de Aston para “Back to the Beginning”, no estádio Villa Park.

O show exclusivo, com os rendimentos destinados à beneficência, foi anunciado como o último espetáculo de Osbourne, cinco anos após o “Príncipe das Trevas” de 76 anos admitir ter a doença de Parkinson, que o impede de caminhar.

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O frontman, conhecido por sua atitude ousada, que inclusive mordeu a cabeça de um morcego no palco, apresentou-se sentado em um trono preto, demonstrando, em alguns momentos, emoção diante de uma plateia fervorosa que celebrava sucessos como “Crazy Train”.

“Você não tem ideia de como me sinto. Obrigado do fundo do meu coração”, disse Osbourne.

Diversos artistas, entre eles Metallica, Slayer, Tool e Guns N’ Roses, prestaram tributo ao Black Sabbath e se apresentaram diante de um grande público vestindo camisetas da banda, que participaram de headbanging, moshing e crowd-surfing ao longo de um extenso dia dedicado ao rock e ao heavy metal.

“Sem o Sabbath não haveria Metallica. Agradeço, pessoal, por nos proporcionarem um sentido na vida”, declarou James Hetfield, vocalista do Metallica.

Artistas de grande destaque do gênero rock se apresentaram, como Ronnie Wood dos Rolling Stones, Steven Tyler do Aerosmith, David Ellefson do Megadeth, Chad Smith dos Red Hot Chili Peppers e Tom Morello do Rage Against the Machine, que também atuou como diretor musical do evento.

Morello afirmou à revista Metal Hammer que seu objetivo era “criar o maior dia na história do heavy metal como uma homenagem à banda que começou tudo”.

O concerto trouxe de volta a formação original do Black Sabbath, com Ozzy Osbourne, o baixista Geezer Butler, o guitarrista Tony Iommi e o baterista Bill Ward, após 20 anos.

Diversos fãs choraram e muitos relataram ter se sentido emocionados. Entre eles, Runo Gokdemir, um professor de Londres, que afirmou ter vendido um carro por 400 libras (US$ 546) para adquirir um ingresso.

“Eu amo tanto o Ozzy. Quando tive momentos difíceis na minha adolescência, ouvia Black Sabbath, e Ozzy me ajudou muito a superar.”

Lisa Meyer, responsável pela organização de uma exposição do Black Sabbath em Birmingham em 2019, afirmou que a banda estabeleceu um legado duradouro ao apresentar uma opção mais pesada em contraste com a Beatlemania e a música hippie da década de 1960.

“Foi isso que realmente impactou os fãs, expressando essa raiva, ódio e frustração, mas de maneira verdadeiramente libertadora”, declarou Meyer, cofundadora do projeto Home of Metal, à Reuters.

Ozzy concluiu sua apresentação solo e retornou com o Black Sabbath, com Ward sem camisa, para executar quatro de suas músicas mais emblemáticas, entre elas “War Pigs”, “Paranoid” e “Iron Man”.

Tom Mould, um estagiário de engenharia que trabalhou na primeira linha por 12 horas, afirmou ter apreciado cada momento no set de “Osbournes”: “Ele ainda mantém tudo o que é necessário.”

Fonte por: CNN Brasil