A leitura do mês foi significativamente inferior ao esperado na pesquisa da Reuters sobre estabilidade, considerando o contexto de política monetária re…
A atividade econômica do Brasil interrompeu uma expansão de quatro meses e registrou a primeira contração no ano em maio, um resultado significativamente pior do que o previsto, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (14).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) registrou uma retração de 0,7% em maio, em relação ao mês anterior, com ajuste sazonal divulgado pelo BC.
O desempenho do mês foi significativamente inferior ao projetado na pesquisa da Reuters sobre estabilidade, considerando o contexto de política monetária restritiva.
Em relação ao mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br registrou aumento de 3,2%, e no acumulado em 12 meses, houve crescimento de 4,0%, utilizando dados não sazonais.
A divulgação dos dados do Banco Central revelou que em maio houve forte influência da agropecuária, com uma queda de 4,2% do IBC-Br do setor em relação ao mês anterior.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O IBC-Br do setor industrial também registrou desempenho negativo, em 0,5%, ao passo que o Índice de Serviços permaneceu estagnado. Sem considerar a Agropecuária, o IBC-Br apresentou retração de 0,3%.
Os dados do IBGE indicaram que, em maio, apenas o setor de serviços registrou ganhos, com aumento de 0,1% no volume em comparação com o mês anterior, porém inferior ao projetado.
A produção industrial registrou uma contração de 0,5% e as vendas no varejo apresentaram uma queda de 0,2%.
Na última reunião de política monetária, em junho, o Banco Central decidiu aumentar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, elevando-a a 15% ao ano, e apontou que prevê uma pausa no ciclo de elevação das taxas de juros, com a taxa permanecendo inalterada por um período considerável.
A previsão é de que a economia brasileira apresente desaceleração progressiva, considerando o efeito da política monetária conservadora, embora o mercado de trabalho forte contribua para a continuidade da dinâmica econômica.
Todavia, na sexta-feira, o Ministério da Fazenda elevou a projeção para o crescimento do país neste ano, para 2,5%, prevendo uma desaceleração apenas marginal em 2026.
Contudo, essas estimativas ainda não contemplaram os possíveis impactos do aumento das tarifas de 10% para 50%, proclamado na semana passada pelo governo do presidente Donald Trump e que podem ser implementados em agosto.
A pesquisa mais recente da Focus, divulgada pelo Banco Central, aponta que a expectativa do mercado para o crescimento do PIB em 2025 é de 2,23%, queda para 1,89% em 2026.
O IBC é construído com base em proxies que representam os índices de volume da produção agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além do índice de volume dos impostos sobre a produção.
Compreenda a política tarifária de Trump em relação ao Brasil e seus efeitos na economia.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.