Crescimento da Economia Argentina no Terceiro Trimestre de 2025

A economia da Argentina registrou um crescimento de 3,3% no terceiro trimestre de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme dados oficiais divulgados nesta terça-feira (16). Este resultado marca o quarto trimestre consecutivo de expansão econômica, embora tenha ficado abaixo da expectativa de 3,5% prevista por analistas.

O aumento anual foi impulsionado principalmente por um significativo crescimento no investimento fixo bruto. Além disso, os setores de intermediação financeira, mineração e extração, e hotelaria também apresentaram ganhos, de acordo com o relatório do Instituto Nacional de Estatística e Desenvolvimento Econômico (INDEC) da Argentina.

Quando ajustado sazonalmente, o PIB cresceu 0,3% em comparação ao segundo trimestre deste ano.

Resultados das Eleições e Expectativas Econômicas

O partido do presidente Javier Milei conquistou uma vitória expressiva nas eleições legislativas de meio de mandato no final de outubro, refletindo o apoio à sua agenda econômica, mesmo diante das severas medidas de corte de gastos implementadas pelo governo.

Após a vitória nas eleições, os ativos argentinos apresentaram uma alta significativa.

Leia também:

Governo aguarda aprovação do Congresso para corte de benefícios tributários em 2026

Crescimento do Emprego nos EUA em Novembro: 64.000 Novos Postos e Desemprego em 4,6%

Scott Bessent elogia China e prevê crescimento econômico dos EUA em 2026

Economistas estão atentos à forma como a terceira maior economia da América Latina está consolidando sua recuperação após sair da recessão no final do ano passado. No entanto, o consumo interno e a produção industrial ainda enfrentam desafios.

Analistas destacam que o desempenho superior ao esperado de Milei nas eleições evidencia a preocupação dos eleitores com um possível retorno às crises econômicas do passado, além da disposição em dar mais tempo para as reformas econômicas.

O governo projeta um crescimento econômico de 5,4% para 2025, enquanto a mais recente Pesquisa de Expectativas de Mercado (REM) do Banco Central estima um crescimento de 4,4% para o ano.