ANVISA acelera análise de 20 novos medicamentos para emagrecer, impulsionando produção nacional de Ozempic e Mounjaro. Redução de preços e maior acessibilidade esperadas
A corrida por medicamentos injetáveis para emagrecer, impulsionada por nomes como Ozempic (semaglutida) e Mounjaro (tirzepatida), está prestes a entrar em uma nova e significativa fase no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) anunciou a aceleração na análise de 20 novas canetas emagrecedoras, com o objetivo de antecipar a chegada de novos produtos ao mercado, reduzir os preços e aumentar a acessibilidade a esses tratamentos.
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Com a iminente expiração da patente da semaglutida, o mercado brasileiro se prepara para uma revolução, com a chegada de versões genéricas ou biossimilares. A expectativa é que essa movimentação cause um impacto direto nos preços, tornando o tratamento mais acessível para a população.
A iniciativa da ANVISA não é um movimento isolado. Ela responde a um pedido formal do Ministério da Saúde, que busca estimular a fabricação nacional desses medicamentos, reduzindo a dependência tecnológica e fortalecendo a soberania do país no setor farmacêutico.
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Para incentivar essa produção, o edital da agência reguladora prioriza os pedidos de registro de empresas que possuam etapas de produção ou fabricação dos componentes realizados em território brasileiro.
Entre as empresas que lideram a primeira leva de produtos que podem chegar às prateleiras em breve, destacam-se a Megalabs, Momenta e outras, como Biomm, Cristália, Libbs, Aspen e Aché. A expectativa é que, com o tempo, mais empresas se beneficiem dessa priorização, ampliando ainda mais a oferta de opções no mercado.
Um fator crucial que impulsiona essa corrida é a questão das patentes. A patente da semaglutida (e Wegovy) está prevista para expirar em março de 2026. Essa data marca o momento em que a entrada massiva de genéricos e biossimilares se tornará realidade, intensificando a concorrência e, consequentemente, reduzindo os custos para o consumidor.
A tirzepatida (princípio ativo do Mounjaro, da Eli Lilly) tem sua patente válida por um período mais longo, expirando apenas em 2036.
A expectativa é que a redução nos preços dos medicamentos injetáveis possa facilitar o acesso a esses tratamentos através do Sistema Único de Saúde (SUS). Embora análises iniciais tenham esbarrado nos custos elevados, a nacionalização da produção, inclusive com parcerias como a da EMS com a Fiocruz para transferência de tecnologia, pode ser a chave para viabilizar essa distribuição na rede pública, facilitando o acesso para milhões de brasileiros que sofrem com a obesidade e o diabetes.
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Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.