O assessor especial da Presidência da República, principal conselheiro de política externa do presidente, expressou sérias preocupações sobre uma possível ação militar dos Estados Unidos no território venezuelano. Em entrevista ao jornal britânico, publicada na segunda-feira (8 de dezembro de 2025), o diplomata classificou o fechamento do espaço aéreo venezuelano, decretado por Donald Trump, como um “ato de guerra”.
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Ele argumentou que uma invasão, mesmo que limitada, poderia desencadear um conflito de proporções globais, comparável ao conflito no Vietnã.
Risco de Conflito em Escala Global
Amorim enfatizou que a escala do conflito é difícil de prever, mas alertou que uma intervenção estrangeira poderia rapidamente escalar, envolvendo potências mundiais. Ele ressaltou a importância da América do Sul como uma região historicamente resistente a invasões estrangeiras, que moldou a própria geografia do continente.
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Reação à Aumento das Ações dos EUA
O diplomata mencionou o aumento das ações dos Estados Unidos contra o governo de Nicolás Maduro (PSUV, esquerda) desde agosto, incluindo a imposição de sanções e ataques a embarcações suspeitas de envolvimento com tráfico de drogas. Ele também destacou a declaração de fechamento do espaço aéreo venezuelano, que considerou “totalmente ilegal”.
Comparação com o Conflito no Vietnã
Amorim comparou a situação atual com o conflito no Vietnã, enfatizando o potencial para um cenário de guerra em escala global, com consequências imprevisíveis. Ele ressaltou que a América do Sul não deveria se tornar uma “zona de guerra”, que inevitavelmente envolveria o envolvimento de outras nações.
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Proposta de Referendo Revogatório
Como uma possível solução para a crise, o diplomata sugeriu a realização de um referendo revogatório, semelhante ao que ocorreu na Venezuela em 2004, quando o então presidente Hugo Chávez venceu a eleição. Amorim admitiu que o resultado de um referendo atual é incerto.
