Alckmin espera que o processo sobre a Lei da Reciprocidade "acelere o diálogo" com os EUA

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, espera um avanço do diálogo com os Estados Unidos após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizar a abertura de processo que pode levar à aplicação da Lei da Reciprocidade Econômica em resposta à tarifação de Donald Trump contra produtos brasileiros.

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Na quinta-feira, 28, o governo iniciou os procedimentos burocráticos para a aplicação da legislação. A Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão vinculado ao ministério liderado por Alckmin, possui até 30 dias (prorrogáveis por mais 30) para emitir um parecer sobre a admissibilidade ou não do processo contra os EUA, em razão do escasso avanço nas negociações diplomáticas.

Alckmin, que foi indicado por Lula para ser um dos principais representantes do Brasil na busca por alternativas à inflação, continua apostando em uma solução negociada. “Espero que isso auxilie a acelerar o diálogo e a negociação”, declarou a jornalistas no México, onde realiza atividades oficiais.

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Se a Camex julgar que a Lei da Reciprocidade Econômica se aplica, será constituído um grupo de trabalho, com representantes do governo e do setor privado, para apresentar possíveis retaliações. Nesse sentido, o processo é demorado. Até lá, o vice-presidente espera encontrar uma solução diplomática – sem renunciar aos interesses brasileiros.

O presidente Lula nos orientou: primeiro, soberania nacional; o país não abre mão de sua soberania. No Estado Democrático, os poderes são separados, separação dos poderes, judiciário, legislativo, executivo. Por outro lado, o diálogo e a negociação. Essa é a disposição do Brasil. Alckmin reforçou que espera que isso possa ajudar, que acelere o diálogo e a negociação.

Júlia Mendes

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.