“Acredito que o governo está correto”, afirma senadora do PT em relação ao IOF
Teresa Leitão declara que o governo “irá solucionar” a oposição ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras.

A senadora Teresa Leitão (PT-PE) declarou, no sábado (31.mai.2025), que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está correto em relação ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Adicionalmente, afirmou que o Executivo “resolverá” a questão da resistência em relação ao tributo.
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“Há muita coisa a ser socializada e parece que quem tem mais quer mais. E essa é a lógica que precisamos contrariar”, declarou a senadora ao Poder360. A fala ocorreu antes da participação da presidente da Comissão de Educação do Senado no seminário “A realidade da educação brasileira e os desafios do PT”, organizado pela FPA (Fundação Perseu Abramo) e pela Caed (Comissão de Assuntos Educacionais do PT Nacional).
O evento visava estabelecer um debate acerca da situação da educação no Brasil, que serviria de fundamento para a criação de sugestões para as eleições de 2026. Os dias também procuraram reforçar a importância da educação como alicerce essencial para o progresso do país.
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Além da senadora, entre os participantes do evento estavam a ministra Macaé Evaristo (Direitos Humanos) e o senador Humberto Costa (PT-PE).
As ações de publicidade do governo Lula incluem o aumento nos preços de compras no cartão internacional, abrangendo as modalidades de débito, crédito e pré-pagos.
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A elevação do Imposto sobre Operações Financeiras também se aplica ao envio de recursos de contas brasileiras para o exterior e à compra de moeda em espécie. Assim, um turista brasileiro que deseje adquirir dólares ou euros estará sujeito a uma taxa maior.
Leia um resumo abaixo:
Cartões de crédito e débito internacionais, incluindo os pré-pagos.
transferência de recursos de uma conta do Banco do Brasil para o exterior
aquisição de moeda em espécie
O aumento do IOF também impactará as pessoas físicas de forma indireta. Em ofícios enviados na quinta-feira (29.mai) aos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), o IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) solicitou apoio do Congresso para revogar a medida.
O grupo, que reúne 72 empresas do setor, considera que o decreto do governo pode aumentar o custo das mercadorias e pressionar a inflação – com risco de queda na atividade econômica e no emprego. Consulte as íntegras (PDF – 218 kB, PDF – 218 kB) dos ofícios.
O instituto informou que o custo das operações pode variar de 14,5% a 38,8% devido ao aumento do IOF.
O aumento da cobrança eleva o custo das operações utilizadas pelo comércio para conseguir capital de giro, para manter o estoque e repor as lojas.
As empresas, nessas operações denominadas risco sacado ou forfait, vendem o direito de receber pagamentos futuros, disponibilizando recursos para o capital de giro.
Não se tratam de operações de crédito, conforme o IDV. cobrar imposto nesses casos pode prejudicar o funcionamento das empresas, uma vez que elas utilizam essa prática para manter o fluxo de caixa.
O imposto também incide sobre os prestadores do varejo, que utilizam o forfait para cobrir capital de giro e assegurar a produção.
Anteriormente, essas operações apresentavam alíquota zero ou reduzida. Atualmente, passariam a ter alíquota de até 3,95%. Segundo as projeções do instituto, isso aumentaria o custo total da operação a quase 19% ao ano, incluindo IOF e Selic, a taxa básica de juros.
A principal consequência será para as pequenas e médias empresas, que dependem dessas operações para assegurar a produção e as vendas, de acordo com o IDV. Com o aumento dos gastos para financiar a atividade, o preço dos produtos também sobe, pressionando a inflação, conforme a entidade.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.