Acesse o relatório completo da Abin paralela

O ministro do STF Alexandre de Moraes removeu o sigilo da investigação sobre a “Abin paralela” na quarta-feira (18.jun).

19/06/2025 17:13

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Agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) marcaram uma breve paralisação, em Brasília. Os funcionários da agência pedem a saída do diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa, e a nomeação de um oficial de inteligência de carreira. Por enquanto, a mobilização não é considerada greve pelos agentes da Abin. No entanto, funcionários da corporação, ouvidos pelo Poder360, relatam chances de haver 1ª paralisação definitiva das atividades. |Sérgio Lima/Poder360 - 30.abr.2024
Agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) marcaram um...

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes removeu o sigilo da investigação sobre a “Abin paralela” na quarta-feira (18.jun.2025). O relatório da PF (Polícia Federal) sobre a estrutura clandestina na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) passou a ser público.

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Verifique os Anexos completos do relatório (PDF – 26 MB; PDF – 22 MB; PDF – 22 MB; PDF – 15 MB; PDF – 4 MB).

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A Polícia Federal aponta que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), formavam o núcleo político da organização. Ambos teriam determinado os alvos das ações ilegais, recebido relatórios operacionais e obtido vantagens políticas através dessa estrutura.

Bolsonaro, identificado como “01” nos documentos, recebia informações diretamente do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), então diretor da Abin.

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Carlos Bolsonaro, conhecido como “02”, teria coordenado campanhas de desinformação nas redes, interferido em investigações que envolviam a família e idealizado uma “inteligência paralela” com policiais de sua confiança.

O relatório ainda menciona 1 reunião de Bolsonaro com advogados e membros do governo para tentar impedir a investigação da “Furna da Onça”, que envolveu o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

O sistema de espionagem denominado “First Mile”, contratado pela Abin de forma irregular em dezembro de 2018 por R$ 5,7 milhões, operava sob a gestão Ramagem.

A ferramenta foi utilizada para executar mais de 60 mil consultas ilegais em aproximadamente 1.800 aparelhos telefônicos, sem ordem judicial. Os indivíduos afetados incluíam ministros do STF, políticos, jornalistas e organizações da sociedade civil.

A Abin dissimulou a natureza invasiva do sistema à Anatel e não informou a agência.

A investigação teve início em março de 2023 e foi finalizada em junho de 2025. Com a remoção do sigilo, o material foi enviado à PGR (Procuradoria Geral da República), que terá 15 dias para se pronunciar.

Bolsonaro não foi indiciado por já ser réu na Petição 12.100/DF, contudo, sua conduta foi registrada. Carlos Bolsonaro, por sua vez, foi indiciado.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.