A Ucrânia tem possibilidade de vencer a guerra contra a Rússia?

Américo Martins declara que ucranianos demonstraram resistência heroica, contudo, a vitória só se tornaria viável com a intervenção direta de nações da OTAN, um cenário pouco provável.

30/05/2025 20h01

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(Imagem de reprodução da internet).

O conflito entre Rússia e Ucrânia, que persiste há três anos, não demonstra sinais de um desfecho favorável para Kiev. O analista sênior de assuntos internacionais, Américo Martins, avalia que a Ucrânia não possui perspectivas de vitória contra a Rússia.

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Conforme relato de Martins, que recentemente visitou a Rússia e a Ucrânia, os ucranianos demonstraram heroísmo durante todo o período, porém apenas com a intervenção direta de alguns países da OTAN conseguiriam reverter o cenário atual, o que ele considera improvável.

Dependência da assistência estrangeira.

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O analista enfatiza que a resistência ucraniana somente foi viável graças ao apoio dos países ocidentais, compreendendo assistência militar, financeira, moral e política. Martins recorda que, no início do conflito, diversos países, incluindo os Estados Unidos, disponibilizaram abrigo ao presidente Volodymyr Zelensky, que preferiu permanecer na Ucrânia para combater.

No entanto, Martins destaca que a persistência da resistência ucraniana depende significativamente da manutenção desse suporte, notadamente dos Estados Unidos. Ele adverte que uma eventual alteração na política externa americana, caso Donald Trump vença nas próximas eleições, poderia levar ao desinteresse pela Ucrânia, agravando a situação do país.

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Aumento da fadiga e da irritação.

Em sua última visita à Ucrânia, Martins observou um aumento notável na fadiga da população em relação à sua primeira viagem. Ele menciona que até mesmo o presidente Zelensky, com quem teve a oportunidade de conversar em ambas as ocasiões, parecia bastante desanimado e demonstrava crescente frustração.

Visões de futuro.

Apesar da resistência ucraniana, Martins acredita que o país não tem como vencer militarmente a Rússia. Ele sugere que a única saída possível para a Ucrânia seria através de negociações diplomáticas. Enquanto isso, a Rússia está ampliando sua capacidade de fabricação de munições, elemento crucial nessa guerra de atrito, construindo um grande complexo na Sibéria, longe do alcance dos ataques ucranianos.

A Europa e os Estados Unidos também estão elevando sua produção de munições e sistemas de defesa, incluindo mísseis anti-mísseiros Patriots. Contudo, sem uma intervenção direta da OTAN, que Martins considera improvável, as perspectivas de vitória para a Ucrânia permanecem desfavoráveis.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.