A prática de fraudar a Justiça é utilizada por integrantes do movimento bolsonarista

A declaração da ministra se dá após o ex-ministro Gilson Machado ser preso por tentar obter passaporte para Mauro Cid.

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou na sexta-feira (13.jun.2025) que o arresto do ex-ministro do Turismo Gilson Machado “comprova que fraudar a Justiça é um método entre os bolsonaristas”. O aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso preventivamente em operação da PF (Polícia Federal) sob suspeita de tentar obter o documento para o tenente-coronel Mauro Cid.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A PF constatou que tentavam obter um passaporte português para o coronel Mauro Cid escapar do país, como já fizeram Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli. Contudo, todos terão de responder pelos crimes cometidos, a começar por Jair Bolsonaro, escreveu Gleisi no X.

LEIA TAMBÉM!

Machado foi detido na quinta-feira (13.jun) em Recife. Ele é suspeito de tentar conseguir um passaporte português no Consulado de Portugal na capital pernambucana.

Na terça-feira (10.jun), a PGR (Procuradoria Geral da República) solicitou ao STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura de um inquérito para investigar Machado. De acordo com o órgão, uma investigação da PF teria encontrado no celular de Cid arquivos que demonstrariam uma tentativa anterior de obtenção da cidadania portuguesa em janeiro de 2023.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ademais, a PF também teria sinalizado à PGR a necessidade de apurar uma campanha de arrecadação de recursos para Bolsonaro. Em 16 de maio de 2025, Gilson Machado solicitou novas doações por meio de Pix para o ex-presidente por meio de sua conta no Instagram.

Machado declarou ao Poder360 que é inocente. Alegou que buscava apenas renovar o passaporte de seu pai.

Eis a íntegra da nota de Gilson Machado:

Diante da determinação da minha prisão preventiva nesta quinta-feira (13), venho reiterar meu completo estado de inocência. Não cometi qualquer delito. Não assassinei, não furtarei, não envolvi em tráfico de drogas. O que realizei foi solicitar informações sobre a renovação do passaporte do meu pai, um homem de 85 anos.

Ele só verificou as ligações que fiz para o consulado e os áudios que enviei aos funcionários. Eu nunca estive presente em nenhum consulado ou embaixada — nem de Portugal, nem de qualquer outro país — seja no Brasil ou no exterior. Tudo o que fiz foi um gesto de cuidado com meu pai, nada além disso. A justiça divina tarda, mas não falha.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.

Sair da versão mobile