A partir desta sexta-feira (1º), entrarão em vigor os novos percentuais de mistura obrigatória na gasolina e diesel produzidos no Brasil. Os valores, aprovados no final de junho pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), são os seguintes:
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O governo prevê queda nos preços para o consumidor e defende que os conflitos no Oriente Médio geram instabilidade no preço do petróleo, o que impacta diretamente o valor dos combustíveis.
Com o aumento da mistura, há possibilidade de maior estabilidade nos preços e uma menor dependência de exportações, considerando que os biocombustíveis são produzidos no Brasil.
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Além disso, há vantagens ambientais: o incremento da adição de biocombustíveis à gasolina e diesel contribui para a redução de emissões de gás carbônico, considerando que esse gás é reabsorvido quando do plantio da próxima safra de cana-de-açúcar, no caso do etanol; ou soja, no caso do biodiesel.
Aumento dos custos.
As tarifas divergem. De acordo com projeções do Ministério de Minas e Energia (MME), a alteração permite uma diminuição de até R$ 0,11 por litro no valor da gasolina.
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O governo afirma que o impacto nos preços será inexistente para o diesel.
Decisão polêmica
Apesar de proporcionar benefícios ambientais e econômicos, o aumento também suscita controvérsias entre especialistas e empresas de transporte, sobretudo em relação ao efeito sobre veículos não flex e ao incremento da mistura de biodiesel no diesel.
De acordo com informações do Sindicato Nacional de Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), 76,2% da frota de automóveis em circulação no país são veículos flex.
O restante da frota de automóveis é composto por veículos elétricos (menos de 1%) e veículos movidos a gasolina. Há para isso controvérsias, pois há quem diga que os 30% de etanol anidro na gasolina estariam próximos do que as montadoras consideram aceitável.
O Instituto Mauá de Tecnologia publicou um estudo que avalia o aumento da porcentagem de etanol na gasolina de 27% para 30% (avaliação da utilização de percentual de 30% de etanol anidro na gasolina em veículos leves e motocicletas – março de 2025). O estudo concluiu que a suposição não se sustenta.
Em relação à adição de 1% de biodiesel no diesel refinado, há uma preocupação com questões técnicas, incluindo obstrução de filtros, maior corrosão de componentes, aumento no consumo e dificuldades em áreas frias devido à cristalização.
Esses efeitos estão ligados à menor estabilidade do biodiesel, sua maior absorção de água e menor poder calorífico, impactando principalmente frotistas e transportadoras, que observam elevação nos custos de manutenção.
Fonte por: CNN Brasil