A Medalha Preta Roza homenageia diversas mulheres negras no Rio Grande do Sul

Deputada Laura Sito comemora a homenagem ao Julho das Pretas com doação em diversas cidades do Rio Grande do Sul.

16/07/2025 20:31

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A Medalha Preta Roza homenageia diversas mulheres negras no Rio Grande do Sul
(Imagem de reprodução da internet).

Mais de 300 mulheres negras de diversas regiões do Rio Grande do Sul receberão homenagens neste mês com a Medalha Preta. A iniciativa é da deputada estadual Laura Sito (PT) e faz parte da programação do Julho das Pretas, mês de mobilização em torno do Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, comemorado em 25 de julho, Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

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A entrega da Medalha Preta Roza ocorrerá em 23 de julho, às 14h, no Auditório do Ministério Público do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Em 24 de julho, às 18h, haverá também uma edição da homenagem em Pelotas, no sul do estado.

A condecoração valoriza o papel de mulheres negras que exercem funções em setores como política, cultura, saúde, segurança pública, educação, assistência social e produção acadêmica. Para a deputada, a medalha possui um significado que transcende a homenagem pessoal.

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A Medalha Preta Roza é mais do que uma homenagem: é um ato de memória, reparação e justiça. Ao reconhecer mais de 300 mulheres negras de mais de 50 cidades do nosso estado, estamos dizendo em alto e bom som que elas sempre estiveram no centro da transformação social, mesmo quando tentaram invisibilizá-las, silenciá-las ou apagar suas histórias.

Preta Rosa, uma combatente do quilombo.

A condecoração homenageia Preta Roza, escrava negra e combatente do quilombo de Manoel Padeiro, na década de 1830. Ela atuou como estrategista e guerreira, chegando a se disfarçar de homem para acessar espaços de poder e obter informações. Morta em combate em 1835, tornou-se símbolo da resistência negra e feminina no sul do país.

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A parlamentar ressalta que Preta Rosa, homenageada com a medalha, foi uma guerreira quilombola, estrategista e combatente, inspirando-nos a persistir com organização na busca por um futuro mais justo.

Celebração de trajetórias de força.

A proposta também visa destacar outras modalidades de referência e resistência histórica no estado. “Conceder a devida visibilidade a essas trajetórias é também uma maneira de reconhecer que o Rio Grande do Sul possui outras referências de heroísmo, inteligência e força”, afirma Sito.

A parlamentar afirmou que o reconhecimento abrange mulheres que, diariamente, desenvolvem caminhos em seus espaços, frequentemente sem qualquer tipo de visibilidade. “Essa medalha é para todas as mulheres negras que movem as estruturas a partir de seus territórios: na saúde, na cultura, na política, na educação, no trabalho social, na segurança pública. Mulheres que cuidam, resistem e constroem alternativas diariamente, muitas vezes sem nenhum reconhecimento.”

Ao comemorarmos o Julho das Pretas com este gesto simbólico, reafirmamos nosso compromisso com uma outra história, onde as mulheres negras não só aparecem, mas lideram, decidem e transformam. É como diz Angela Davis: “quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela”. Esse é o futuro que queremos construir!

Fonte por: Brasil de Fato

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.