O jornalista Guilherme Samora, editor do livro “Preta Gil: Os primeiros 50”, revelou detalhes sobre o processo de criação da autobiografia de Preta Gil, lançada em agosto de 2022. O trabalho, que iniciou-se em 2018, sofreu diversas transformações até sua publicação final.

A obra, que inicia com a frase “A vida me deu a chance de ser cada vez mais preta”, explora temas sensíveis e importantes da trajetória da artista. Preta Gil demonstra honestidade ao abordar questões como racismo, gordofobia e preconceitos que vivenciou.

Processo de escrita e superação.

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Segundo o editor, o processo de escrita teve diversas etapas. Em 2018, após uma primeira versão, Preta Gil resolveu que ainda não estava preparada para se expor daquela forma. O projeto foi retomado posteriormente, ganhando novo impulso após o diagnóstico de câncer da artista.

Samora destacava a maneira como Preta Gil enfrentava as dificuldades: “Ela nunca cedeu diante dos ataques que sofria. Sua felicidade pela vida e sua determinação eram exemplos de como não se adaptar aos padrões impostos pela sociedade”.

Legado e recordações.

O autor ressalta que o livro adquiriu uma dimensão ampliada ao se tornar uma fonte de esperança para outros indivíduos. As reuniões de leitura da última etapa do material eram frequentemente realizadas em companhia de amigos, o que refletia a natureza extrovertida de Preta Gil.

“O livro foi como sessões de terapia para ela”, revela Samora, mencionando como a obra auxiliou a artista a lidar com momentos difíceis de sua vida, incluindo a perda do irmão, que a afetou profundamente. O editor ressalta que Preta Gil merece ser ainda mais valorizada como artista, deixando um legado de autenticidade e coragem.

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Fonte por: CNN Brasil