O grupo liderado por Jair Bolsonaro (PL) encontra dificuldades para progredir com o projeto contra o STF na Câmara dos Deputados. Contudo, evita replicar a oposição feita na primeira semana de agosto. Atualmente, não há previsão de novas ações nessa direção.

A avaliação é de que o PL não contaria com respaldo interno adequado para retomar a iniciativa, correndo o risco de se afastar ainda mais do Centrão diante dos conflitos com os Estados Unidos, o que desagradaria o grupo, caso escolhesse a obstrução.

O Centrão atua como uma espécie de balança no Congresso, influenciando temas de interesse tanto da oposição quanto do governo.

A obstrução anterior gerou significativo desgaste em relação ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

A oposição garante que manterá a proposta de emenda constitucional que extinguiria o foro privilegiado para alguns políticos, o que impediria que os parlamentares fossem diretamente incluídos no processo do julgamento do Supremo Tribunal Federal, e na proposta que exigiria autorização do Congresso para que fossem iniciadas ações penais contra deputados e senadores.

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Contudo, a avaliação é que a reunião de líderes da Câmara nesta terça-feira (19) não autoriza o prosseguimento do pacote anti-STF.

Nos bastidores, a sinalização é de que não há maioria entre os líderes partidários da Casa para tanto. O projeto para a anistia ampla e irrestrita a envolvidos na suposta tentativa de golpe de Estado está mais longe ainda de uma definição positiva para a oposição.

A pauta nesta semana na Câmara será o projeto que visa combater a exploração sexual de crianças e adolescentes nas redes sociais. A votação do texto está prevista para o dia 20, após discussão em uma comissão especial.

O próprio PL contém ressalvas ao projeto: “há quem alegue possibilidade de censura” e questiona se o grupo de trabalho não terá mais utilidade. Contudo, há também uma avaliação interna de que o assunto é de forte apelo social e popular.

Assim, o projeto de lei não deve se opor e não deve votar contra o texto.

Fonte por: CNN Brasil