A vice-presidente e analista sênior da Moodys responsável pela classificação soberana do Brasil, Samar Maziad, acredita que a agência não estava errada em outubro ao elevar a nota de crédito do Brasil de Ba2 para Ba1, com perspectiva positiva. Recentemente, a Moody’s manteve o rating soberano em Ba1, mas alterou a perspectiva para “estável”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Maziad destaca que o Brasil apresenta uma trajetória ascendente no seu rating de crédito, com capacidade de suportar impactos externos. Ademais, o porte e a diversificação da economia brasileira constituem aspectos positivos do país. O fator determinante, contudo, que explica a revisão da avaliação da agência, é a política fiscal.
A iniciativa de ajuste fiscal em novembro, com o pacote de contenção de despesas apresentado pelo governo, não obteve o efeito desejado, afirmou durante um evento da Moody’s em São Paulo.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Maziad reiterou que o País necessita de reformas estruturais para fortalecer a credibilidade fiscal. Anteriormente, quando a Moody’s projetava uma avaliação “positiva” para o Brasil, a agência considerava uma possível melhora na área fiscal. Atualmente, em um cenário cada vez mais próximo das eleições presidenciais, a situação evoluiu. “Reconhecemos que seria difícil avançar em relação à credibilidade fiscal.”
A analista sênior da Moody’s ainda lembrou que, quando se parte de um Orçamento rígido – como no caso do Brasil – a situação se torna mais complicada. “Se não há flexibilidade no orçamento para cortar, o déficit cresce para sempre”, alertou.
LEIA TAMBÉM!
Fonte por: CNN Brasil
