Zuckerberg prevê a chegada da superinteligência no Meta Connect 2025

O Facebook iniciou uma disputa acirrada por profissionais qualificados na região do Vale do Silício, buscando recrutar engenheiros de empresas concorren…

17/09/2025 22:57

5 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

A Meta lançou nesta quarta-feira (17) seus primeiros óculos inteligentes disponíveis para compra, com tela integrada, visando ampliar o alcance de sua linha Ray-Ban, um dos primeiros produtos de consumo bem-sucedidos na era da inteligência artificial.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O CEO Mark Zuckerberg apresentou o que ele denominou Meta Ray-Ban Display, ainda que algumas demonstrações da nova tecnologia não tenham ocorrido conforme o esperado, incluindo a falha na resposta a uma chamada, por exemplo.

“Não sei o que dizer a vocês”, afirmou Zuckerberg. “Continuo estragando tudo.” A multidão aplaudiu.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A Meta alcançou sucesso com seus óculos inteligentes, e Zuckerberg os definiu como a forma ideal de avançar em direção à “superinteligência” prevista pela inteligência artificial, um conceito no qual a IA excede a inteligência humana em todas as suas facetas.

“Os óculos representam o formato ideal para a superinteligência pessoal, pois possibilitam que você esteja presente no momento, ao mesmo tempo em que você tem acesso a todos esses recursos de IA que o tornam mais inteligente, auxiliam na sua comunicação, melhoram a memória, potencializam seus sentidos e muito mais”, declarou o CEO.

Leia também:

Os novos óculos Display apresentam um pequeno visor digital na lente direita para funções básicas, incluindo notificações. O preço inicial será de US$ 799 e a disponibilidade nas lojas a partir de 30 de setembro.

O anúncio na conferência anual Connect da Meta para desenvolvedores, realizada em sua sede em Menlo Park, Califórnia, representa sua mais recente tentativa de se adequar à corrida de alto risco da inteligência artificial.

A empresa líder em plataformas de mídia social se encontra em segundo plano no desenvolvimento de modelos de inteligência artificial sofisticados, ficando atrás de concorrentes como a OpenAI e o Google, da Alphabet.

Zuckerberg iniciou uma disputa acirrada por profissionais qualificados no Vale do Silício, buscando recrutar engenheiros de empresas concorrentes, e anunciou planos de investir bilhões de dólares em processadores de inteligência artificial de última geração.

Os novos óculos chegam em um cenário em que a Meta recebe críticas em relação à segurança infantil em suas plataformas de mídia social.

A Reuters informou em agosto que os chatbots do Meta estavam envolvendo crianças em conversas sugestivas sobre sexo e etnia, ao mesmo tempo em que denunciantes relataram no início deste mês que os pesquisadores receberam instruções para não investigar os danos da realidade virtual em crianças.

A Oakley apresentou, nesta quarta-feira (17), os óculos Vanguard, projetados para atletas, com preço de 499 dólares. O aparelho se conecta a plataformas de fitness, como Garmin e Strava, para apresentar estatísticas de treino em tempo real e resumos pós-exercício, além de oferecer nove horas de autonomia da bateria. O lançamento ocorrerá a partir de 21 de outubro.

Ela também atualizou seu modelo anterior Ray-Ban, que não possui tela integrada, mas agora oferece quase o dobro da autonomia da bateria em relação à geração anterior e uma câmera aprimorada por 379 dólares, um valor superior ao da geração anterior, que era de 299 dólares.

Todos os dispositivos oferecem funcionalidades pré-existentes, como o assistente de IA da Meta, câmeras, controle por voz e transmissão ao vivo para as plataformas de mídia social da empresa, entre elas Facebook e Instagram.

Apesar de os especialistas não preverem um desempenho comercial expressivo dos óculos Display, consideram-no um avanço em preparação para o lançamento dos óculos “Orion” da Meta, com previsão para 2027. A Meta apresentou um protótipo do produto no ano anterior e Zuckerberg o definiu como “a máquina do tempo para o futuro”.

Recentemente, os consumidores tiveram contato com a IA em óculos e, nos últimos trimestres, as empresas também passaram a incorporar telas, gerando novos cenários de aplicação, afirmou Jitesh Ubrani, gerente de pesquisa de Rastreadores Mundis de Dispositivos Móveis da IDC.

Contudo, a percepção do consumidor e a oferta de óculos com tela de IA ainda são restritas. Essa situação se alterará com o lançamento de produtos da Meta, Google e outras empresas nos próximos 18 meses.

A IDC projeta que as vendas globais de headsets de realidade aumentada/realidade virtual e óculos inteligentes sem tela crescerão 39,2% em 2025, atingindo 14,3 milhões de unidades, com a Meta sendo o principal motor desse aumento devido à procura pelos Ray-Bans produzidos em parceria com a EssilorLuxottica ESLX.PA.

Google apresenta óculos com Android XR para competir com Meta e Apple.

Fonte por: CNN Brasil

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.