O velório estará aberto à população nesta quarta-feira (23), no período das 10h às 16h, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo.
Zita Carvalhosa faleceu na terça-feira (22), devido a complicações do câncer.
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Desde cedo, diversas expressões de afeto foram divulgadas nas redes sociais. “Zita Carvalhosa sempre trazia algo que remetia à primavera, para a vida dos outros e para o cinema brasileiro. Estimular jovens talentos foi seu maior e mais notável dom,” afirmou Amir Labaki, diretor do festival É Tudo Verdade.
O Ministério da Cultura manifestou seu pesar pela perda de Zita Carvalhosa, produtora cultural, recebendo com tristeza a notícia de seu falecimento. Zita foi uma das vozes mais relevantes na promoção e valorização de filmes curtos no Brasil.
A Spcine afirma que Zita é inspiração para quem acredita no poder transformador do cinema. “Zita foi uma das vozes essenciais para a criação da Spcine e integrava o nosso comitê consultivo, contribuindo com sua visão generosa, crítica e comprometida com a diversidade e o fortalecimento do setor.”
Considerada por seus colegas como uma profissional incansável, obstinada, inspiradora e pioneira, foi Carvalhosa quem concebeu e estabeleceu a Kinoforum em 1990. A associação se tornaria, posteriormente, o principal espaço de exibição para o cinema de curta-metragem no Brasil, conforme relatou o amigo, cineasta Francisco César Filho, que foi o primeiro a formalizar a saída da produtora em plataformas digitais.
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Milhares de cineastas de curtas-metragens internacionais e nacionais tiveram a chance de serem exibidos ao longo dos anos. Em julho deste ano, Francisco Cesar Filho celebrava mais de três mil títulos inscritos para a 36ª edição do Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo – Kinoforum, que se iniciava em agosto.
Além do trabalho no cinema, Zita também atuou como curadora do Museu da Imagem e do Som em São Paulo (MIS) por sete anos, onde buscou aplicar sua visão criteriosa ao audiovisual em um dos espaços mais renomados do país.
Zita nasceu em São Paulo, em 1961, e obteve diploma em cinema na Universidade Paris III, na França. Além do Kinoforum, ela fundou em 1983 a produtora de cinema Superfilmes, focada em projetos independentes e com atenção às produções dirigidas por mulheres e novos talentos, como o filme premiado Carvão, de Carolina Markowicz.
Carolina publicou uma mensagem comovente em sua rede social: “Ainda ouço internamente seus ensinamentos durante as dificuldades da vida no cinema, na busca pelo essencial, que é o mais complexo. Agradeço por me conceder a honra de produzir meu primeiro longa. O cinema e todos nós sentiremos muito a sua falta, querida Zita”.
O evento será aberto ao público nesta quarta-feira (23), das 10h às 16h, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo.
Fonte por: CNN Brasil
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Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.