Zelensky promete punição severa a corruptos do setor energético após esquema de US$ 100 milhões na Ucrânia

Responsabilização por Corrupção no Setor Energético da Ucrânia

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou nesta segunda-feira (10) que todos os envolvidos em práticas corruptas no setor energético do país serão punidos. Essa declaração surge após o gabinete anticorrupção ucraniano ter revelado um esquema de propinas que totaliza US$ 100 milhões.

Os investigadores apontam que um grupo criminoso, que inclui um ex-assessor do ministro da Energia e o chefe de segurança da companhia Energoatom, manipulava as licitações e forçava os contratados a pagar taxas ilegais. Zelensky enfatizou a necessidade de ações eficazes contra a corrupção, afirmando que “a punição é imprescindível”.

Resultados da Investigação

A investigação, que se estendeu por 15 meses, resultou em várias buscas e apreensões, além da apreensão de quantias significativas em diversas moedas. A Energoatom confirmou as operações em seus escritórios e se comprometeu a colaborar com as autoridades.

Durante a guerra, a Ucrânia intensificou sua campanha contra a corrupção para fortalecer sua posição. Em 2024, um dos quatro vice-ministros de Energia e três outros suspeitos foram detidos “em flagrante” ao receber uma parte de um suborno de US$ 500 mil, conforme relataram promotores e a polícia anticorrupção.

Subornos e Detenções

O Gabinete do procurador-geral informou que os suspeitos exigiram o suborno de US$ 500 mil para facilitar a remoção de equipamentos de uma empresa estatal de carvão das áreas afetadas pela guerra. O acordo permitiria que a empresa da bacia de Lviv-Volyn transportasse e operasse o equipamento em minas estatais na região ocidental da Ucrânia.

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Os suspeitos foram capturados no momento em que estavam prestes a receber US$ 100 mil do suborno, mas os investigadores já haviam documentado o recebimento anterior de outros US$ 200 mil pelo grupo. Em abril do mesmo ano, o ministro da Agricultura foi detido e demitido devido a alegações de envolvimento em uma aquisição ilegal de terras estatais avaliadas em 7 milhões de dólares.