Zelensky e líderes europeus discutem nos EUA os termos de um acordo de paz com a Rússia
A delegação também inclui a presidente da Comissão Europeia, o presidente da França, o chefe de Governo da Alemanha, a primeira-ministra da Itália, o pr…

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e diversos líderes europeus visitam Washington nesta segunda-feira 18 para discutir com Donald Trump uma possível saída para a guerra na Ucrânia, que poderia envolver garantias de segurança para Kiev, mas também implica concessões territoriais.
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A viagem ocorrerá após a cúpula de sexta-feira, 15, entre o presidente dos Estados Unidos e seu equivalente da Rússia, Vladimir Putin, no Alasca, onde não houve um acordo de fim das hostilidades.
Zelensky não foi convidado e, após a reunião, Trump se alinhou com a posição defendida há muito tempo pela Rússia, que exclui a necessidade de um cessar-fogo antes de alcançar um acordo de paz definitivo.
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Presidentes da UE se reunirão com Zelensky
O presidente ucraniano “pode acabar com a guerra com a Rússia quase de maneira imediata, se assim desejar, ou pode continuar lutando”, publicou na noite de domingo o republicano em sua plataforma Truth Social.
Também rejeitou um debate sobre a recuperação da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, ou a Ucrânia passar a integrar a OTAN.
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Zelensky, por sua vez, declarou em sua chegada a Washington na noite de domingo que almeja o encerramento da guerra com a Rússia de forma “rápida e confiável”.
A China fez um novo pedido, nesta segunda-feira, solicitando que “todas as partes” envolvidas nas negociações de paz em Washington busquem “o mais rápido possível um acordo justo, duradouro, vinculante e aceitável” para todos.
Trump e Zelensky devem realizar uma reunião bilateral antes que o encontro seja estendido a outros líderes europeus, de acordo com uma fonte do governo alemão.
A equipe de apoio a Zelensky em Washington inclui a presidente do Conselho Europeu, Ursula von der Leyen; o presidente da França, Emmanuel Macron; o chefe de Governo da Alemanha, Friedrich Merz; a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni; o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer; o presidente da Finlândia, Alexander Stubb; e o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte.
As reuniões deverão terminar às 22h00 GMT (19h00 de Brasília), conforme informado pela fonte alemã. Trata-se da primeira visita de Zelensky à Casa Branca desde fevereiro, quando Trump e seu vice-presidente JD Vance o criticaram por não demonstrar agradecimento suficiente pela ajuda dos Estados Unidos contra a invasão russa, que teve início em fevereiro de 2022.
Segurança assegurada.
A reunião de segunda-feira exigirá um cenário distinto. Desde o encontro no início do ano, Trump tem feito mais críticas a Putin e mostrado sua insatisfação com o bloqueio contínuo de Moscou nos esforços de paz.
Washington, contudo, não aplicou sanções adicionais a Moscou. Ademais, a significativa recepção a Putin no Alasca, em sua primeira visita ao Ocidente após a invasão da Ucrânia, foi vista como uma vitória diplomática do Kremlin.
Antes de sua viagem aos Estados Unidos, o presidente ucraniano considerou “histórica” a decisão americana de fornecer garantias de segurança para o seu país.
Trump indicou um compromisso de segurança para Kiev semelhante ao Artigo 5 da OTAN, porém fora do escopo da Aliança Atlântica, que Moscou considera uma ameaça existencial às suas fronteiras.
O chefe de Estado francês declarou que os governantes europeus questionam “até que exaustão” os Estados Unidos estão prontos a fornecer garantias de segurança para a Ucrânia em um eventual acordo de paz.
Discussão sobre o território
O enviado especial de Trump, Steve Witkoff, afirmou esperar atingir um “acordo” com Zelensky e que os Estados Unidos possam “retomar negociações com os russos para acelerar o acordo de paz e concretizá-lo”.
Witkoff declarou que, no Alasca, a Rússia realizou “algumas concessões territoriais” em relação a cinco regiões ucranianas importantes para a guerra.
De acordo com uma fonte da AFP que acompanhou as conversas telefônicas de sábado entre o presidente americano e os líderes europeus, o presidente russo está, na prática, exigindo que a Ucrânia abandone o Donbass e, portanto, ceda completamente este território, que inclui as regiões de Donetsk e Luhansk no leste da Ucrânia.
A Rússia também propõe congelar a frente de batalha em Kherson e Zaporizhzhia (sul).
Há um debate importante a respeito de Donetsk e o que estaria acontecendo lá, o que será detalhado especificamente na segunda-feira, afirmou Witkoff, sem revelar mais detalhes.
Apenas alguns meses após o início da invasão ao território da Ucrânia, a Rússia declarou a anexação das quatro regiões ucranianas, mesmo que suas tropas não controlassem totalmente nenhuma delas.
Multas
Nos Estados Unidos, há a preocupação de que possa haver pressão sobre a Ucrânia para aceitar as condições impostas pela Rússia.
Zelensky recusou concessões territoriais, porém afirmou estar aberto a tratar o assunto durante uma reunião de grupo envolvendo Trump e Putin.
O presidente americano mencionou a possibilidade do encontro, contudo a Rússia desconsiderou a relevância da questão.
As tropas russas avançam progressivamente, sobretudo na área de Donetsk.
Na segunda-feira, horas antes da reunião, um ataque russo com drones contra Kharkiv resultou em pelo menos cinco mortos, entre eles duas crianças, e 18 feridos.
Ucrânia e seus aliados acusam Moscou de tentar prolongar o conflito para obter vantagens adicionais.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Redação Clique Fatos
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