Zèbres e calor ditam o clima na fase final do Mundial de Clubes

As experiências adquiridas no torneio serão fundamentais para definir o rumo em direção à Copa do Mundo de 2026.

02/07/2025 15:29

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Zèbres e calor ditam o clima na fase final do Mundial de Clubes
(Imagem de reprodução da internet).

A primeira edição da Copa do Mundo de Clubes apresentou um grande espetáculo em campo, com conquistas de azarões e o apoio entusiasta de torcedores sul-americanos e árabes.

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Contudo, preocupações com o bem-estar dos jogadores e o público desinteressado nos Estados Unidos intensificaram os debates à medida que o torneio se aproxima de sua fase final.

Na realidade, o que muitos antecipavam ser um evento com predominância europeia, culminou em eliminações surpreendentes de atletas de grande peso na Champions League.

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Flamengo, Botafogo e Fluminense, além do Al-Hilal da Arábia Saudita, viveram momentos de grande emoção no torneio.

O Fluminense surpreendeu o Internacional de Milão com uma vitória por 2 a 0 nas oitavas de final, ao passo que o Al-Hilal provocou um revés significativo ao derrotar o Manchester City de Pep Guardiola.

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Miami, Porto e Benfica contribuíram para o início do torneio, vencendo respectivamente o Al-Hilal e o Chelsea na fase de grupos.

Botafogo e Flamengo alcançaram vitórias notáveis na fase de grupos contra PSG e Chelsea, respectivamente, e o Palmeiras assegurou seu lugar nas quartas de final com uma vitória dramática na prorrogação sobre o Botafogo.

Condições climáticas severas.

A performance em campo agradou os torcedores, contudo, os problemas externos geraram surpresa.

O calor intenso e a umidade elevada provocaram diversas reclamações de atletas e da comissão técnica, e o sindicato global de jogadores, Fifpro, está avaliando se a ampliação do intervalo para 20 minutos e a inclusão de pausas para resfriamento mais frequentes poderiam oferecer uma melhor proteção aos jogadores contra o calor extremo.

Seis das dezesseis cidades-sede da Copa do Mundo de 2026 apresentam condições classificadas como “risco extremo” para doenças associadas ao calor, o que suscita preocupações com a segurança dos atletas e impulsiona demandas por maior disponibilidade de equipamentos de resfriamento durante os jogos ou alterações na programação.

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O calor extremo representa uma questão grave que impacta o futebol em escala global, afirmou a Fifa, órgão máximo do futebol mundial, à Reuters.

As discussões sobre como tratar as condições de calor devem ser conduzidas em conjunto… A proteção dos atletas deve ser o ponto central.

Com as semifinais e a final agendadas para as 15h, horário local, no MetLife Stadium, em Nova Jersey, onde as temperaturas podem atingir 32°C, a discussão sobre o calor deverá se acirrar.

As propostas para 2026 contemplam a programação de jogos de futebol em estádios fechados, visando mitigar o impacto do calor e o estresse associado.

Tempestades provocaram interrupções, resultando em jogos adiados devido à saída dos jogadores e torcedores em busca de local seguro.

O técnico do Chelsea, Enzo Maresca, criticou os Estados Unidos após um atraso de duas horas causado por condições climáticas adversas ter afetado a vitória de seu time contra o Benfica nas oitavas de final, em Charlotte.

A disputa eliminatória, em um estádio com menos de 26.000 espectadores inicialmente, evidenciou o descontentamento do público em jogos envolvendo clubes europeus, com torcedores sul-americanos e árabes gerando a maior parte da atmosfera do campeonato.

Apesar do entusiasmo nas competições, o site da Fifa ainda apresenta um grande número de ingressos disponíveis para os jogos restantes, incluindo as semifinais da próxima semana e a final de 13 de julho, o que suscita dúvidas sobre o interesse geral do torneio nos Estados Unidos.

À medida que a Fifa avalia os sucessos e os desafios do Mundial de Clubes, as lições aprendidas serão cruciais para definir o rumo da Copa do Mundo de 2026, onde questões parecidas podem se apresentar.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.