Ministro Cristiano Zanin Vota pela Condenação de Réus em Caso de Desinformação Eleitoral
O ministro Cristiano Zanin, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou nesta terça-feira (21) pela condenação de todos os réus do núcleo de desinformação eleitoral no processo relacionado à trama golpista. Com isso, o placar está em 2 a 0 a favor da condenação dos integrantes do grupo.
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Zanin acompanhou integralmente o voto do relator Alexandre de Moraes e defendeu a condenação de seis réus do “núcleo 4” pelos cinco crimes que lhes foram imputados: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e ameaça grave, além de deterioração de patrimônio tombado.
Em relação a Carlos Rocha, presidente do IVL (Instituto Voto Legal), o ministro propôs a condenação apenas pelos crimes de organização criminosa e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Zanin destacou que os acusados faziam parte de uma organização criminosa dedicada à desinformação e à desestabilização das instituições democráticas.
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Atuação Planejada e Articulada
Segundo o voto, houve uma atuação planejada, com o envio de informações falsas e coordenação de estratégias de comunicação. O grupo mobilizou civis para pressionar autoridades e influenciar a opinião pública.
O ministro ressaltou que as ações do grupo não eram meros atos isolados. Os acusados tinham plena consciência da relevância e do impacto de suas condutas, contribuindo para a execução de etapas planejadas pela organização criminosa, incluindo tentativas de manipular informações oficiais e propagar conteúdo falso.
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O julgamento foi retomado pela Primeira Turma do STF nesta manhã. Ainda faltam os votos de Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino, nesta ordem. As penas para os condenados serão definidas em uma segunda rodada de votos.
Réus do Núcleo 4
- Ailton Barros – major da reserva, acusado de articular a ligação entre militares e civis golpistas.
- Ângelo Denicoli – major da reserva, acusado de produzir e disseminar documentos falsos sobre as urnas eletrônicas.
- Giancarlo Rodrigues – subtenente, acusado de criar uma rede clandestina de espionagem na Abin.
- Guilherme Almeida – tenente-coronel, acusado de divulgar mensagens defendendo fraude eleitoral.
- Reginaldo Abreu – coronel, acusado de manipular relatórios oficiais do Exército.
- Marcelo Bormevet – policial federal, acusado de usar recursos da Abin para espionar opositores.
- Carlos Cesar Rocha – presidente do IVL, acusado de produzir e divulgar relatório falso sobre as urnas.