O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF, retirou de pauta nesta quarta-feira (6) o julgamento da antiga cúpula da PMDF. O processo estava previsto para ser julgado em plenário virtual a partir desta sexta-feira (8).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A CNN solicitou esclarecimentos ao governo do ministro em relação ao cancelamento da discussão e aguarda resposta.
A sessão do julgamento ocorreria entre o dia 8 e 10 de agosto. Todas as defesas já haviam apresentado suas alegações orais em vídeo gravado no Supremo.
LEIA TAMBÉM!
A antiga cúpula da PM e agora réus no Supremo são: o coronel Fábio Augusto Vieira (ex-comandante-geral), coronel Klepter Rosa Gonçalves (subcomandante-geral), coronel Jorge Eduardo Barreto Naime, coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos, major Flávio Silvestre de Alencar e o tenente Rafael Pereira Martins.
A denúncia da PGR aponta que a antiga liderança da PM apresentou omissão no momento dos eventos de 8 de janeiro de 2023.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A acusação alega que os militares estariam alinhados com os manifestantes sediados em Brasília e descumpriram seus deveres constitucionais de proteção e vigilância.
Os sete ex-integrantes da cúpula da PM são acusados de crimes de omissão, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima.
Segundo a CNN, o julgamento é simbólico e relevante, uma vez que trata das primeiras autoridades a serem julgadas pelo STF.
Especialistas entendem que o julgamento possui uma dimensão jurídica e institucional relevante. Eles acreditam que a sentença ou a absolvição – cenário menos provável – evidenciará um caso similar ao de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, Walter Braga Netto e outros membros do denominado núcleo 1 do inquérito da trama golpista.
Fonte por: CNN Brasil