A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) declarou, por meio de seus advogados, que “confia plenamente na autonomia e na soberania da Câmara dos Deputados e do governo italiano”.

Em nota publicada na sexta-feira (13.jun.2025) no “Blog do Fausto Macedo”, no jornal O Estado de S. Paulo, a equipe de defesa da congressista, liderada pelo advogado Fábio Pagnozzi, especialista em Direito Criminal, e pelo constitucionalista italiano Pieremilio Sammarco, mencionou o caso Cesare Battisti.

O governo brasileiro recusou o pedido de extradição e ofereceu asilo político ao italiano, mesmo com uma condenação judicial final da Justiça Italiana, referente ao homicídio de quatro pessoas e à participação em organização paramilitar.

Na quarta-feira (11/jun), o ministro do STF Alexandre de Moraes encaminhou o pedido de extradição da deputada ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Na semana anterior, Moraes determinou a prisão da deputada.

Zambelli partiu do Brasil e foi para a Itália após ter sido condenada pelo Supremo a 10 anos de prisão pelo invasão ao sistema eletrônico do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), em 2023.

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Na quinta-feira (12/jun), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), protocolou à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) o requerimento de cassação do mandato da deputada.

Na nota, a defesa ressaltou que Zambelli mantêm o seu mandato parlamentar no Brasil e que possui cidadania italiana além da brasileira. Os advogados informaram que solicitaram acesso à ordem de prisão no Brasil e às comunicações enviadas ao governo italiano sobre um eventual pedido de extradição.

A defesa italiana expressa grande preocupação face a informações de que a Polícia Federal brasileira tem conhecimento da localização da parlamentar no território italiano, embora as autoridades locais neguem tal informação.

Diante desse cenário, a defesa local, representada por Sammarco, comunicará imediatamente às autoridades italianas os fatos noticiados pela imprensa brasileira, a fim de que sejam apuradas eventuais condutas que possam configurar intervenção indevida, espionagem ou violação da soberania italiana.

Os advogados contestaram as informações sobre a inclusão da deputada na lista vermelha da Interpol, aduzindo que protocolaram um pedido à organização para “esclarecer a situação da parlamentar”.

A defesa expressa estranheza e rejeita qualquer tipo de especulação em relação às informações amplamente divulgadas pelos meios de comunicação e pelo embaixador do Brasil na Itália, Renato Mosca, sobre a suposta inclusão da parlamentar na lista vermelha da Interpol, possível pedido de extradição e eventual prisão preventiva.

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Fonte por: Poder 360