Zambelli entrega apartamento com atraso

A devolução do imóvel em Brasília ocorreu com 11 dias de atraso, gerando multa que ultrapassou R$ 7 mil para a deputada foragida.

15/07/2025 22:07

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Brasília (DF) 23/04/2024  Deputada Carla Zambelli durante coletiva na Câmara dos Deputados. Foto Lula Marques/ Agência Brasil
Brasília (DF) 23/04/2024 Deputada Carla Zambelli durante coleti...

O advogado da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) apresentou, na terça-feira (15.jul.2025), o apartamento funcional que ela utilizava em Brasília. A devolução do imóvel ocorreu com 11 dias de atraso, o que gerou uma multa superior a R$ 7.000. Zambelli está foragida na Itália desde 3 de julho, após o STF (Supremo Tribunal Federal) determinar sua prisão por 10 anos.

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A propriedade em Brasília era ocupada pela deputada e sua mãe, juntamente com seu filho, antes de sua partida do Brasil. A informação foi confirmada pelo advogado de Zambelli, Fabio Pagnozzi, ao Poder360.

O imóvel da Asa Sul deveria ter sido devolvido até 4 de julho, 30 dias após o desligamento oficial da deputada, em 5 de junho. Mesmo com a saída de Zambelli do Brasil, seu filho e sua mãe permaneceram no apartamento.

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A ocupação irregular acarreta à deputada uma penalidade financeira correspondente ao valor do auxílio-moradia de R$ 4.253, acrescida de indenização diária no valor de R$ 283,53. A parlamentar deverá pagar uma multa no montante de R$ 7.371,83 pelos 11 dias de ocupação.

Antes da devolução, a argumentação da deputada incluía a solicitação de prorrogação do prazo para entrega do imóvel e o pedido de anulação da multa por atraso. Os advogados sustentaram que Zambelli não recebeu formalmente a notificação sobre a obrigação de desocupar o bem.

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A Câmara declarou em comunicado em relação à estratégia de defesa: “Não é possível isentar a multa pelo atraso na devolução do apartamento funcional”.

Zambelli foi sentenciada a 10 anos de prisão por unanimidade pela 1ª turma do STF em 14 de maio deste ano. O órgão julgou a ação penal em que a congressista e o hacker do “Vaza Jato”, Walter Delgatti Neto, são acusados pelos crimes de invasão ao sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e falsidade ideológica.

A acusação da PGR sustenta que a congressista coordenou a invasão do sistema do conselho para expedir um mandado de prisão para Moraes, como se ele estivesse decretando sua própria detenção.

Após semanas, a parlamentar afirmou ter partido do Brasil em 3 de julho. No dia seguinte, Alexandre de Moraes ordenou a prisão preventiva e a suspensão das redes sociais de Zambelli.

A congressista Zambelli teve seu nome incluído na lista vermelha da Interpol, em 5 de julho, sob solicitação de Moraes. Desta forma, ela se tornou procurada internacionalmente e pode ser detida em outros países.

Fonte por: Poder 360

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.