Zambelli conseguiu angariar pelo menos R$ 285 mil por meio de campanhas de arrecadação online

Deputada declarou que os recursos seriam utilizados para quitar multas no Supremo Tribunal Federal e que os valores foram colocados em uma conta poupança.

04/06/2025 8:23

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Zambelli conseguiu angariar pelo menos R$ 285 mil por meio de campanhas de arrecadação online

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) arrecadou, antes de sair do Brasil, no mínimo R$ 285 mil por meio de uma campanha online, organizada por ela, para quitar multas resultantes de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

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A campanha teve início em 19 de maio, quando Zambelli divulgou na internet a chave Pix para doações espontâneas. Na mesma data, compartilhou um demonstrativo bancário que apontava um saldo de R$ 166 mil e afirmou que sua conta apresentava um saldo negativo de R$ 14 mil antes do começo da arrecadação.

Em outra publicação nas redes sociais, em 21 de maio, a deputada informou possuir R$ 285 mil em sua conta e que manteria o valor em poupança com “zelo e responsabilidade”.

A parlamentar declarou ter reunido R$ 285 mil na campanha, essencial para quitar multas injustas e desproporcionais, resultado de uma perseguição implacável, sem que isso a faça ceder.

Na terça-feira (3), Zambelli anunciou que havia deixado o país. À CNN, afirmou que está nos Estados Unidos, pretende ir para a Europa e pedir licença do mandato parlamentar. Disse ainda que deve residir na Itália, país do qual possui cidadania, o que, segundo ela, impediria uma eventual deportação para o Brasil.

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Na terça-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a prisão preventiva da deputada federal. A solicitação ocorreu em uma petição no STF e tramita em sigilo. De acordo com fontes ouvidas pela CNN, a medida foi solicitada em razão da viagem da parlamentar ao exterior.

Em maio, Carla Zambelli foi julgada pelo Supremo Tribunal Federal por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na ocasião, o plenário do STF ordenou que a deputada arqueasse com uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais coletivos.

Ademais, julgou a parlamentar com pena de 10 anos de prisão, em regime inicialmente fechado; perda do mandato parlamentar (a ser declarada pela Câmara dos Deputados após o trânsito em julgado); e a inelegibilidade da política.

A parlamentar também é investigada no STF, no qual responde por posse ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. Ela é acusada de perseguir, com arma em punho, um homem na rua em um bairro da área nobre de São Paulo, em outubro de 2022.

Contudo, ainda não foi julgada, mas também corre o risco de ter que pagar indenização, caso seja condenada.

O julgamento foi suspenso em março, após requerimento de vista do ministro Nunes Marques. Ele possui 90 dias para retomar o processo, o que deverá postergar a conclusão do caso para o segundo semestre.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.